Movimento sindical está preocupado com os rumos da instituição financeira.
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu, na tarde de terça-feira, 20 de fevereiro, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, para debater a reestruturação, anunciada pelo novo presidente do banco, Marcelo Noronha, no dia 7 de fevereiro, em entrevista coletiva, sem qualquer negociação prévia com o movimento sindical.
“O que os trabalhadores querem do banco é respeito e o Sindicato cobra a valorização dos funcionários. Até o momento, sem qualquer negociação com os sindicatos, o banco só impôs uma reestruturação e cobra resiliência”, explica Cristiane Zacarias, dirigente do Sindicato de Curitiba e região. “Na hora de divulgar os resultados e compensar os esforços, paga uma PLR que desmotiva ainda mais os trabalhadores”, afirma.
“O PDE tem trazido bastante insatisfação, pela má gestão do programa, que é desagregador e desmotivador. O formato do PDE foi imposto pelo banco Bradesco, a representação dos trabalhadores não participou da elaboração, mas vamos cobrar de forma imediata as mudanças, principalmente para que todos os funcionários recebam”, avalia Deonísio Schmidt, presidente da Fetec-CUT-PR, abordando o Prêmio por Desempenho Extraordinário, remuneração variável implementada pelo Bradesco.
“Como comparação com as outras instituições privadas, por exemplo, o Itaú tem três programas remuneratórios: PLR, Agir e PCR. Se um funcionário do Bradesco receber uma proposta do Itaú, ele fica ou vai? Precisamos de um PDE que remunere com justiça e a todos, todos produzem e todos recebem, que o banco demonstre que se importa e valorize seus funcionários”, finaliza o dirigente.
Debate conjuntural
A reunião da COE Bradesco começou com uma análise de conjuntura feita pela presidenta da confederação, Juvandia Moreira. “É muito importante ficarmos de olho em toda a conjuntura nacional, para acompanharmos os rumos da economia do nosso país. A queda de juros, por exemplo, estimula o investimento produtivo e a geração de emprego e renda. Os juros definidos pelo Banco Central são repassados para os clientes de todo o sistema financeiro. Então, com a Selic alta, aumenta o custo do crédito para as pessoas e para as empresas. Isso significa pagar mais caro pela casa própria e pelo carro. Logo, o inverso também acontece: a Selic mais baixa dinamiza a economia e melhora a vida da população e do setor produtivo, com mais recurso para gastar e investir”, explicou Juvandia.
O economista da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT, Gustavo Cavarzan, fez uma análise dos resultados do Bradesco nos últimos cinco anos e das principais mudanças que já estão em curso com a reestruturação, na busca do banco em voltar ao patamar que já atingiu.
“Nós já cobramos do banco uma reunião para falar sobre a reestruturação e até agora não obtivemos respostas. Nós precisamos de respostas. Queremos saber como os trabalhadores serão afetados pelas mudanças. É importante também entendermos como ficam os clientes, pois eles são parte essencial da engrenagem que leva até os bons resultados”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.
Com informações da Contraf-CUT
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região