Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Comitê debate crise no Rio Grande do Sul

Grupo formado por representantes de instituições financeiras e de trabalhadores do ramo se reúne pela segunda vez para buscar melhores formas de enfrentamento das consequências das fortes chuvas no estado.
O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação de calamidade pública devido às fortes chuvas dos últimos dias. Para tratar dessa emergência, o comitê de crise formado por representantes sindicais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) e do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários/PoA), juntamente com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizou sua segunda reunião na quinta-feira, 9 de maio, em formato digital.

Segundo dados apresentados pela Fenaban, sete dos principais bancos atuantes no estado, Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa, Itaú, Safra e Santander, estão com quase 400 agências fechadas. Esta situação, no entanto, não tende a melhorar tão cedo, pois os motivos para os fechamentos têm variado, passando de alagamentos a problemas de comunicação, por exemplo. Como consequência, a demanda por agências abertas tem aumentado devido às dúvidas da população, como questões relacionadas a seguros. Além disso, muitas agências em funcionamento estão enfrentando problemas de falta de numerário.

Os representantes dos bancos informaram ainda que será analisado individualmente cada caso dos 35 mil trabalhadores bancários no estado, com a possibilidade de contingenciamento e abono, levando em consideração as particularidades de cada um.

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, enfatizou a necessidade de estabelecer regras mais claras para o atendimento individualizado, a fim de evitar subjetividades e dependências dos gestores. Ele também solicitou a criação de um canal de atendimento 24 horas para resolver rapidamente os problemas emergenciais, destacando: “Precisamos de um canal ágil para resolver os problemas. E quando as soluções vêm de cima, é mais eficiente.”

Salles também destacou a importância de considerar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que não conseguem comparecer ao trabalho devido às condições adversas, sugerindo a revisão das regras para essas situações, como o caso daqueles que buscaram abrigo em outras cidades. Além disso, ele reiterou a posição de que não é o momento apropriado para cobrar metas aos bancários, ressaltando que “não é momento de ligar para oferecer produtos aos clientes.”

Para o presidente do SindBancários, Luciano Fetzner, a situação tende a se prolongar e até mesmo agravar-se, com a previsão de fortes chuvas entre sexta e segunda-feira. Fetzner propôs uma série de medidas emergenciais, incluindo auxílio moradia, vale alimentação, adiantamento do 13º salário, adiantamento de cesta básica e férias, sob pedido. Ele destacou a importância de uma comunicação unificada entre as instituições bancárias via Fenaban para a concessão desses benefícios emergenciais, bem como a necessidade de oficialização de regras na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para casos de calamidade pública. Ele também pediu a extensão desses benefícios de forma isonômica a todos os dirigentes sindicais afetados pela tragédia.

Por sua vez, a dirigente da Fetrafi-RS, Priscila Aguirres, ressaltou as dificuldades decorrentes da falta de parâmetros mínimos nas negociações individuais, o que dificulta o trabalho de fiscalização pelo movimento sindical. “Nós queremos medidas para tranquilizar os colegas e para que possamos garantir o cumprimento das medidas.”

Já o diretor de Comunicação da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo, enfatizou a importância de estabelecer regras claras e um espaço de diálogo permanente para garantir que as decisões sejam tomadas de forma transparente e equitativa pelos gestores locais.

“Neste momento de crise, a solidariedade e a cooperação entre todas as partes envolvidas são fundamentais para enfrentar os desafios decorrentes das fortes chuvas no Rio Grande do Sul. O comitê de crise continuará monitorando a situação e tomando as medidas necessárias para apoiar os trabalhadores bancários e a população afetada”, garantiu Mauro Salles.

Uma nova reunião ficou agendada para a tarde da próxima segunda-feira, 13 de maio.

Fonte: Contraf-CUT

Deixe um comentário

Sign Up to Our Newsletter

Be the first to know the latest updates

[yikes-mailchimp form="1"]