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Conheça a história do Dia do Bancário

Foi pela luta que os bancários obtiveram inúmeras conquistas. A começar pelo Dia Nacional do Bancário, comemorado em 28 de agosto e convencionado a partir da greve de 69 dias ocorrida em 1951. Nesse ano, as reivindicações eram reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço.

Depois de várias tentativas de negociação com os patrões e de unificar o movimento, marcado pela presença de antigos interventores, os paulistas fazem paralisações simbólicas nos dias 12 de julho e 2 de agosto de 1951.

Os primeiros 22 dias da greve foram iniciados pelos paulistas seguidos dos mineiros, inconformados com as propostas dos banqueiros que ofereciam de 20 a 30% de reajuste, dependendo do estado. A paralisação foi prolongada e reprimida duramente pelas autoridades, na época o DOPS (durante o segundo governo de Getúlio Vargas) que prendia e espancava os grevistas.

Conforme a História dos Bancários, editada pelo Sindicato de São Paulo, Osasco e Região, “os manifestantes também sofriam pressões intensas do governo estadual, Igreja até mesmo de outros sindicatos bancários que não aderiram à greve”. A imprensa da época pouco cobriu o movimento dos bancários, dando ênfase às informações dos banqueiros.

Findado o movimento, a repressão foi bastante acentuada. Centenas de bancários foram demitidos e os com estabilidade foram transferidos para o interior, o que enfraqueceu a organização nos anos posteriores. “Este quadro deixou muitas marcas na categoria, dificultando sua mobilização durante os anos 50. Por outro lado, a greve de 1951 colocou definitivamente em xeque a lei de Greve do governo de Eurico Gaspar Dutra. Além disso, foi a partir da experiência desta greve e da iniciativa dos bancários que surgiu o Dieese, criado em 1955, fruto da articulação entre os sindicatos no sentido de se contrapor aos índices oficiais do custo de vida, que eram sempre manipulados”, explica a edição do Sindicato.

O dia 28 de agosto virou símbolo para os bancários, ele marca sua capacidade de luta e organização. Nas décadas seguintes, muitos foram os embates a travar, frente aos banqueiros e frente às inúmeras tentativas da direita de destruir a democracia no Brasil. Antes de 64, após o golpe militar, durante a ditadura, no processo de abertura política, o movimento bancário contribuiu com a organização, a resistência, a reorganização dos trabalhadores e a redemocratização do país.

Neste momento, inédito para o país, quando um trabalhador é presidente do Brasil, os desafios para a superação das injustiças sociais e a transformação da sociedade são urgentes e necessários como nunca o foram. Mais uma vez, os bancários estão presentes, dizendo sim as mudanças, propondo um modelo econômico que priorize o desenvolvimento, a geração de emprego e redistribuição da riqueza, empunhando bandeiras que vão além do corporativismo, em benefício de toda a sociedade.

“A presença de cada bancário e bancária, nas mobilizações da campanha salarial, é essencial para o seu sucesso. Ela faz coro com toda a nossa história de categoria combativa, democrática, capaz de perceber os momentos de avançar e construir o novo”, diz o presidente da CNB-CUT, Vagner Freitas. Que arremata, explicando, “construir o novo, agora, é construir a unidade para conquistar o Contrato Nacional de Trabalho. Disso, tenho certeza, os bancários e bancárias serão capazes, dando mais uma contribuição para a luta e organização dos trabalhadores brasileiros.”

Carolina Coronel – CNB/CUT

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