A Contraf-CUT se reuniu, no dia 24 de agosto, com o Banco Pan para debater os impactos da Reforma Trabalhista e a
renovação do Programa de Participação nos Resultados (PPR) para a base de São Paulo, além da inclusão
da base de Curitiba no programa, solicitado pela diretora Katlin Salles, do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região.
A proposta do banco para 2017/2018 é nacional e inclui todos os trabalhadores
da área comercial, que foram enquadrados na categoria bancária no final do ano
passado. Para o coordenador das Financeiras da Contraf-CUT, Jair Alves,
ainda há muitas diferenças nos valores pagos pelo programa. “Após analisar os
relatórios, notamos que os cargos inferiores ainda recebem valores muito
reduzidos e, nesse sentido, apontamos a necessidade de elevar o piso e reduzir
o teto do programa para que a distribuição fique mais justa”, afirmou.
A reunião contou com a presença do dirigente e funcionário da área comercial do
Banco Pan, João Possebon Neto, que avaliou a realidade dos trabalhadores e
apontou os principais problemas, dentre eles, o vale-combustível, que não é
reajustado há mais de cinco anos e precisa ser adequado a região e ao gasto
efetivo para os negócios.
Jair informou que uma nova reunião será marcada para setembro. “Precisamos
negociar, pois o banco pretende fazer uma antecipação desse programa, até 30 de
setembro, com a intenção de fazer o pagamento junto com a PRL da Convenção Coletiva”, afirmou. “A Contraf-CUT cobra a transparência e divulgação para que todos os
funcionários entendam as metas e avaliações, principalmente o público da área
comercial, que está ilegível pela primeira vez”, disse Jair. O banco se comprometeu a rever os pesos das avaliações de modo a reduzir as
metas individuais e aumentar o peso das coletivas.
Impactos da Reforma Trabalhista
O Banco Pan apresentou um mapeamento das admissões e demissões, ocorridas
durante o primeiro semestre de 2017, e antecipou que não haverá fechamento de
departamentos. Os trabalhadores cobraram o compromisso em manter a categoria posicionada sobre
qualquer mudança ou implementação que aconteça dentro da empresa.
“Observamos que há constantes alterações, mudanças de funções e setores, bem como alteração nas metas impostas. A falta de informação para os trabalhadores é
generalizada, com metas complicadas de atingir, de vários produtos. Queremos transparência e justa
distribuição de renda no PPR”, avalia a dirigente Katlin Salles.