A presidente Dilma Rousseff se reuniu durante uma hora e meia na última sexta-feira (11) com o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, no Palácio do Planalto, em Brasília. Segundo reportagem publicada na edição de sábado (12) do jornal O Estado de S.Paulo, Dilma discutiu "a ampliação do financiamento ao setor privado e a necessidade de manutenção dos empregos e defendeu o aumento da competitividade e até falou dos juros, que precisam continuar caindo".
O encontro com Trabuco integrou uma agenda de reuniões com líderes empresariais para discutir o crescimento da economia. No mesmo dia ela conversou também o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Rodolpho Tourinho. No dia anterior, a presidente havia recebido os empresários da Vale, Odebrecht e Cosan.
A reunião com o presidente do banco ocorreu um dia após a visita feita por ele para a Contraf-CUT, em São Paulo. Na ocasião, o emprego foi igualmente um dos temas debatidos.
O presidente da Confederação, Carlos Cordeiro, manifestou para Trabuco "a importância de um sistema financeiro sólido e forte, que amplie o crédito e que trate o emprego como fator de desenvolvimento".
O dirigente da Contraf-CUT disse que "está muito preocupado com a redução do número de empregos no setor bancário, como no Itaú, no Santander e mais recentemente no Bradesco", observando que "o corte de empregos não pode ser associado com eficiência". Para ele, "os bancos podem aumentar os lucros emprestando mais com juros e spread menores. Isso é bom para o emprego e o desenvolvimento do país".
"Esperamos que os bancos contribuam de fato com o desenvolvimento econômico, ampliando o crédito, reduzindo juros e tarifas e, especialmente, mantendo e gerando mais e melhores empregos para fazer com o Brasil saia da posição vergonhosa de 12º país com pior distribuição de renda", salienta Cordeiro.