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Em mesa de negociação, Acrefi não apresenta proposta aos financiários

Bancada patronal não cumpre o combinado e deixa trabalhadores de mãos vazias.

A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) não cumpriu o combinado e não apresentou uma proposta global em resposta à pauta de reivindicações do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na tarde desta terça-feira, 30 de julho, em São Paulo. Os representantes sindicais propuseram um acordo de dois anos, com um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

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A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, saiu da reunião com o sentimento de frustração. “É inaceitável que, após tantas negociações, a Acrefi não tenha apresentado uma proposta concreta que atenda às justas reivindicações dos trabalhadores. Entre elas, as questões sociais, como equidade salarial entre homens e mulheres, fim da terceirização e diversidade. O compromisso com os financiários precisa ser levado a sério.”

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, reforça a necessidade de respeito com os trabalhadores. “Os trabalhadores do setor financeiro merecem respeito e valorização. Esperamos que a Acrefi reconheça a importância de um acordo justo e apresente uma proposta que contemple as necessidades da categoria.”

Avaliação

“O sentimento é de frustração pela ausência de uma proposta concreta por parte da Acrefi! Necessitamos de respeito e valorização dos trabalhadores do setor financeiro. Esperamos que a Associação apresente uma proposta justa”, destacou Katlin Salles, representante do Paraná na mesa de negociação. “É visível que a Acrefi, assim como acontecia na Fenacrefi, é insegura para realizar uma negociação específica para os financiários, já que o patronal, em 90% dos representantes em mesa, são também os donos de instituições bancárias. Por isso, reivindicamos, conforme consta na minuta entregue, que a data base seja unificada com os bancários em 01 de setembro. Os trabalhadores há muitos anos necessitam aguardar a Fenabam para definir sua campanha salarial, que tem data base em 01 de junho. Isso é uma imensa falta de respeito e responsabilidade pela parte patronal”, conclui.

A reunião para apresentação da proposta ficou agendada para o dia 14 de agosto.

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Fonte: Contraf-CUT

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