Os bancários promoveram esta manhã, dia 8 de outubro, um protesto seguido de assembleia informativa em frente ao HSBC Vila Hauer. A intenção dos trabalhadores foi de demonstrar insatisfação com as práticas antissindicais cometidas pelo banco durante esta Campanha Salarial 2009, assim como prestar esclarecimentos à categoria sobre o intedito proibitório e a proposta da Fenaban, apresentada em negociação ontem (7), por volta das 22h.
Dentre os assuntos levantados pelos trabalhadores durante a assembleia, que contou com a adesão total dos bancários da unidade, estava o investimento do HSBC na contratação de quatro helicópteros para burlar a greve. Segundo informações divulgadas na assembleia, o banco gastou cerca de R$ 20 mil/hora para ter o aparelho à disposição e, desta forma, obrigar os bancários a comparecer ao trabalho. Os dirigentes sindicais esclareceram aos bancários que a entidade ingressou com um mandado de segurança solicitando uma revisão da determinação do juiz em relação ao interdito proibitório. A Justiça, porém, julgou o pedido improcedente. Com isso, aumentou o assédio para que os trabalhadores retornassem ao trabalho.
Os dirigentes esclareceram, porém, que o interdito não impede a adesão dos trabalhadores ao movimento grevista.
"É lamentável a postura do HSBC", destacou Marco Aurélio Cruz. O dirigente lembra que o banco é um dos mais "pão duro" no país, e apresenta um alto índice de insatisfação, fruto da política de desvalorização e exploração do trabalhador. Mesmo assim, ao invés de investir no bancário, o HSBC gasta em helicópteros para transportar os bancários e destituir do trabalhador seu direito de aderir ao movimento grevista e lutar por condições mais dignas em suas atividades profissionais.
Os dirigentes sindicais também pediram a presença maciça dos trabalhadores na assembleia desta noite, que avalia a proposta da Fenaban e as resultantes das negociações específicas do BB e Caixa, assim como pode determinar o fim da greve.