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Funcionários do BB cobram da Cassi posicionamento sobre nova regra da ANS

Adoecimento é responsável por três em cada quatro afastamentos de bancários.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicará em 01 de agosto, no Diário Oficial da União, a nova regra que determina que os planos de saúde não poderão mais limitar o número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) ainda não se manifestou sobre a medida, aprovada no início de julho pela ANS e que passará a valer com a publicação.

“A atenção à saúde psicológica e até mesmo física dos bancários, com lesões por esforço repetitivo e distúrbios osteomusculares (LER/Dort), é necessária e urgente. O fim da limitação do número de consultas para o tratamento desses problemas pela Cassi sempre foi uma reivindicação nossa”, aponta o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. A categoria está entre as mais afetadas por doenças do trabalho, fenômeno intimamente relacionado às pressões por metas, acúmulos de funções e a sobrecarga comuns à atual rotina do bancário.

Antes da decisão da ANS, os planos eram obrigados a conceder uma cobertura mínima, que variava de 12 a 18 sessões por ano, podendo chegar a 40 ao ano, dependendo do transtorno tratado. “Essa quantidade sempre foi insuficiente para a demanda real das bancárias e bancários”, ressalta Fukunaga.

Segundo dados do INSS, compilados pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), entre 2012 e 2021, doença foi a maior razão de afastamento dos bancários, responsável por 74,3% dos casos, contra 25,7% por acidentes. Os adoecimentos mais comuns registrados foram depressão, ansiedade, estresse e LER/Dort. O Observatório de Saúde do Trabalhador, do Ministério Público do Trabalho, aponta ainda que a incidência de doenças mentais e tendinites entre bancários é de três a quatro vezes maior que a da média da população.

“Vivemos tempos de adoecimento psicológico e somatização. Problemas relacionados à tensão e à sobrecarga de trabalho, que não se resolvem com massagens terapêuticas. As sequelas de programas como o PDG, que estabelecem o cumprimento de metas irreais, provocam adoecimento psíquico e consequências físicas. Além disso, a cobrança por metas não deixa tempo para o trabalhador respirar. As pessoas não vivem mais, apenas sobrevivem. É hora de reagir e aumentar o cuidado próprio, a consciência da humanidade!”, avalia o dirigente sindical Pablo Diaz.

Fonte: Contraf-CUT

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