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Funcionários do BB conquistam redução de jornada para pais e responsáveis por PcD

A cláusula garante uma redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1 hora para aqueles com jornada de 6 horas.

Na nona rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024 entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco, realizada na tarde desta quinta-feira, 29 de agosto, em São Paulo, os funcionários do Banco do Brasil obtiveram uma importante conquista: a redução da jornada de trabalho para pais e responsáveis por dependentes com deficiência física e/ou mental.

A cláusula garante uma redução de 2 horas na jornada de trabalho para funcionários que cumprem 8 horas diárias e de 1 hora para aqueles com jornada de 6 horas. Este avanço representa uma significativa vitória para os trabalhadores, atendendo a uma demanda essencial para quem possui filhos com deficiência.

“Consideramos um grande avanço que a redução de jornada para pais com filhos com deficiência seja incluída em nossa convenção coletiva. O BB já havia incluído no normativo interno, mas clausular garante que esse direito não será retirado”, comemorou a coordenadora da CNFBB, Fernanda Lopes.

Além da conquista da redução da jornada, o Banco do Brasil também apresentou medidas relacionadas ao banco de horas negativas acumuladas durante a pandemia de covid. A proposta final inclui a anistia das horas para diversos grupos: funcionários com 60 anos ou mais, funcionários afastados por licença saúde, pais de filhos com deficiência, e funcionários que faziam parte do grupo de risco da covid. Para os funcionários do grupo de risco, a anistia das horas dependerá de terem cumprido pelo menos 30% das horas até maio de 2025, quando se encerra o acordo relacionado à pandemia.

O banco ressaltou que as devoluções das demais pautas dependerão das cláusulas econômicas a serem discutidas na mesa única de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Ao final da reunião, os representantes dos trabalhadores cobraram respostas adicionais sobre o programa de cargos e salários, o teto da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a possibilidade de ampliação desse valor, caso a eliminação do teto não seja possível. Também solicitaram um posicionamento sobre as metas exigidas, que impactam diretamente outros pontos em negociação, e uma solução para bancários oriundos de outros bancos incorporados, para que possam ingressar na Cassi e Previ, e definição para os caixas e centrais de atendimento.

Segunda reunião do dia

Poucas horas depois do primeiro encontro, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco voltaram a se reunir no início da noite. Desta vez, o BB apresentou proposta de comitê de ética paritário, formado por dois eleitos pelos funcionários e dois indicados pelo banco. “A proposta de um comitê de ética paritário é um passo importante, pois permite que os funcionários tenham voz ativa na definição de condutas e princípios éticos dentro do Banco do Brasil. Ter uma representação eleita pelos próprios trabalhadores é fundamental para garantir transparência, justiça e equilíbrio nas decisões que afetam o cotidiano e as relações de trabalho”, concluiu Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

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