Com as negociações emperradas, os trabalhadores do BNDES organizaram um ato para esta quinta-feira, 27 de outubro, para contestar a intransigência do governo federal e do banco. A manifestação será no Rio de Janeiro, no prédio da instituição.
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Funcionários do BNDES farão ato contra intransigência do governo e do banco
Em campanha salarial, os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) farão um protesto nesta quinta-feira (27), às 12h30, no Rio de Janeiro, contra o comportamento do governo federal que vem emperrando as negociações. A manifestação será no hall do prédio da instituição, na Avenida Chile. Está marcada para a próxima segunda-feira, dia 31, uma assembléia para discutir os próximos passos da mobilização.
O governo já vinha demonstrando sua intenção de impedir qualquer negociação séria: em seis rodadas, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, não apresentou qualquer resposta à pauta de reivindicações entregue pelo Sindicato e pelas associações dos funcionários. Entre os principais itens da minuta estão 12,8% de reajuste salarial, aumento do piso e abono de 1,5 salário.
Arrocho – O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Carlos de Souza lembrou que a postura do governo de pressionar estatais a negarem aumento real, alegando que isto geraria inflação, é equivocada. "O aumento real é um elemento importante, não apenas para os trabalhadores, como para toda a economia, aquecendo o mercado interno, fator importante para ajudar a blindar o Brasil dos efeitos da crise financeira mundial", argumentou.
Carlos disse que esta política contra acordos que contemplassem aumento real foi usada no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal durante a campanha geral dos bancários, sendo derrotada pela greve nacional da categoria. Ele lembrou ainda que não existe motivo para o BNDES não atender às reivindicações dos funcionários, já que registrou lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro semestre de 2011.
"O resultado equivale a um aumento de 47,8% em relação ao obtido no primeiro semestre de 2010, de R$ 3,6 bilhões. O lucro é o maior já obtido pela instituição em um primeiro semestre", frisou.