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GT SEGURANÇA AVALIA FRAGILIDADES DA CAIXA E APONTA SOLUÇÕES

CNB – 23/04/2004
(São Paulo) O Grupo de Trabalho sobre Segurança Bancária esteve reunido na última quinta e sexta-feira, dias 15 e 16, em Brasília. Voltaram ao debate temas como fechamento das unidades em dias de assalto ou seqüestro, segurança nas salas de auto-atendimento e alteração da AD 004, que trata dos seqüestros.

Antes do começo da reunião, os representantes dos funcionários fizeram questão de enfatizar as falhas na segurança no Complexo da Sé, que foi alvo de tentativa de assalto no último dia 14. Na ocasião, os bancários permaneceram como reféns dos assaltantes. O fato foi registrado em ata. Foi consenso no GT que se deve debater um plano de segurança para as unidades antes de se iniciar reformas estruturais como o caso da Sé.

Após um longo debate sobre o fechamento das agências em dias de assalto ou seqüestro, a representação da Caixa concorda que existe a necessidade de manter a unidade fechada em dias de assalto e seqüestro, já que a abertura da agência poderia oferecer riscos ao trabalhador. Contudo, a empresa entende que o assunto deve ser debatido no GT Saúde e não no GT Segurança Bancária. Os membros da CNB/CUT no GT Segurança discordam da Caixa, e pensam que a discussão não pode ser feita separadamente. Sem consenso, a discussão será retomada na próxima reunião.

A respeito das salas de auto-atendimento, as duas partes concordaram que a utilização dos equipamentos com abastecimento frontal é prejudicial à segurança na Caixa. Os representantes do GT estão elaborando um documento para a área de Patrimônio da Caixa, solicitando informações sobre as providências que têm sido tomadas pela empresa em relação ao abastecimento frontal das máquinas de auto-atendimento, que compõem uma parcela significativa dos equipamentos da Caixa. O GT estará elaborando correspondência solicitando um levantamento do número de equipamentos desse tipo em uso. O ofício também questionará quanto tempo levará para substituir essas máquinas.

Vigilância no auto-atendimento – Para os representantes dos empregados, se a área for incorporada ao perímetro da agência durante o horário de expediente bancário, a incidência de golpes, assaltos e outros problemas que atingem clientes e empregados seria bem menor. A Caixa mostrou-se receptiva à idéia, mas ainda não há uma decisão. O tema está pautado para a próxima reunião, na qual serão analisados modelos de segurança adotados em outros bancos – que sirvam de exemplo para subsidiar as discussões.

AD 004 – A AD 004 foi lida e em seguida foram destacados os trechos da normativa que serão aprofundados nas próximas reuniões. Primordial foi a ponderação de que a proteção da vida deve vir em primeiro lugar. Na atual redação da AD 004 a vida está no mesmo patamar que o patrimônio da Caixa. “A normativa deve existir para orientar os empregados, e não, para impor condutas, como é caracterizada atualmente”, explicou o representante dos empregados no GT, Plínio Pavão.

Carolina Coronel – CNB/CUT

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