CNB – 22/01/2004
(São Paulo) Representantes da CNB e da Comissão de Organização dos Empregados do HSBC realizaram hoje uma reunião com a direção do banco onde foram debatidos diversos temas, entre eles a possibilidade de antecipação da segunda parcela da PLR. A direção do banco negou a antecipação alegando problemas com a publicação do balanço no Brasil, pois teria de aguardar a publicação em Londres, mas afirmou que cumprirá a Convenção Coletiva, efetuando o pagamento até 03/03/2004.
Esta não foi a primeira vez que a Comissão cobra a antecipação. Em novembro do ano passado a comissão havia solicitado o pagamento antecipado à direção do banco.
Em relação a demissões, a o banco reforçou o pronunciamento público do presidente do HSBC no Brasil, Emílson Alonso, de que o banco não efetuaria contratações e demissões, no entanto declarou que estão havendo demissões por conta de rotatividade no mês de janeiro, mas também está havendo admissões. As demissões que ocorreram e que acontecerão serão em razão da rotatividade do próprio sistema. Em janeiro de 2003 havia 19.016; em dezembro/2003 chegou-se ao número de 20.172, por conta da efetivação de mais de 600 estagiários, por ação dos sindicatos, considerada uma grande vitória dos funcionários. No entanto, em janeiro termina o processo de contratação dos estagiários nas agências e os sindicatos devem confirmar e continuar acompanhando a movimentação de pessoal.
Respondendo a questionamento da Comissão sobre a bolsa educação, os representantes do banco afirmaram que será aplicado o índice de 12,6% para reajuste do benefício, bem como será dada prioridade na concessão para os pedidos de graduação. Haverá renovação para os atuais cursando de pós graduação; novos pedidos para pós, somente se não forem contempladas as 900 bolsas.
Em relação ao plano de saúde, tema também discutido com o banco em novembro, os bancários cobraram a solução dos problemas com a rede credenciada e reivindicaram o reembolso da diferença entre o valor real da consulta médica e o valor reembolsado pela seguradora. O banco por sua vez apresentou um gráfico que mostra a redução das reclamações e redução dos reembolsos diretos aos bancários, mas reconheceu que ainda existem problemas a serem resolvidos. Ficou acertada reunião para após o Carnaval, quando o banco trará os números e dados para um debate de maior amplitude.
Para subsidiar a discussão, a Comissão solicita aos sindicatos levantamento dos problemas que ainda persistem, principalmente com relação ao tamanho da rede credenciada.
Em relação à Apaba, o banco concordou em abrir debate sobre o tema, para que o processo de migração sugerido pelo HSBC seja o mais transparente possível, mas pediu que os empregados aguardassem desfecho de pendências junto à Secretaria de Previdência Complementar para marcar a data. Segundo a COE, atualmente cerca de 1.200 funcionários já são assistidos pelo Fundo/Apaba. Na ativa ainda restam 490 funcionários.
Ficou garantida rodada de negociações específica sobre o tema.
Reclamação zero – A CNB e COE reforçaram que este tipo de campanha, da forma como chegou a rede de agências, só causa maior estresse entre todos os funcionários, enquadrando-se numa forma de assédio moral.
A Comissão realiza Seminário Nacional em mês de março. Veja ata completa na seção Comunicados da CNB/CUT.
Meire Bicudo – CNB/CUT