O HSBC anunciou nesta quinta-feira (12) redução dos juros em algumas linhas de crédito para pessoas físicas, dias depois de o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal terem implementado cortes agressivos em várias linhas.
O anúncio segue os dois bancos federais que fizeram medidas semelhantes, após o governo lançar medidas para estimular a produção da indústria brasileira, em um pacote estimado em R$ 60 bilhões em renúncia fiscal do governo somente neste ano.
Com o anúncio, o HSBC foi o primeiro banco privado a reduzir taxas.
No caso da filial do banco inglês no Brasil, as taxas menores valem para crédito pessoal, financiamento para compra de veículos e consignado.
A taxa mínima do crédito pessoal caiu de 2,45% para 1,99% ao mês. No financiamento automotivo, o juro mensal foi de 1,48% a 0,98%. No crédito com desconto em folha de pagamento, a taxa recuou de 1,59% a 0,99%, também mínima.
Com as mudanças, a faixa de juro cobrado pelo banco no cheque especial fica entre 1,39% e 9,98% ao mês. A do crédito pessoal vai até 5,93% mensais. A de automóveis terá teto de 2,55%, enquanto a do consignado será de até 4,7%.
BB e Caixa – O Banco do Brasil foi a primeira instituição a reduzir os juros. A medida foi anunciada na semana passada. Entre as taxas reduzidas estão financiamento de veículos (a partir de 0,99% ao mês) e empréstimo consignado com desconto na folha do INSS (de 0,85% a 1,80% ao mês).
A Caixa, por exemplo, baixou os juros do cheque especial normal para 4,27% ao mês, e passou a operar com o consignado a partir de 1,2% também por mês. O banco também lançou um plano para facilitar o pagamento de dívidas.
Na terça-feira (10), o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, apresentou ao governo uma lista de demandas dos bancos privados, apresentadas como pré-condição para baixarem os juros.
Na manhã desta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os bancos privados têm espaço para reduzir os juros e que o governo não iria atender às solicitações.
Antes de analisar as propostas dos bancos privados para redução dos custos de empréstimos, o governo espera que o setor primeiro faça sua parte e reduza as taxas de juros de suas operações de crédito.