O Itaú divulgou nesta sexta-feira (23) em sua rede interna que reajustará os valores cobrados dos bancários no convênio médico. Os novos valores já serão cobrados no próximo pagamento, no dia 27 de março, e atingirão os bancários que tem agregados no plano (como pai e mãe) e quem fez upgrade.
A Contraf-CUT encaminhará uma carta ao Itaú criticando a decisão unilateral da empresa de impor o reajuste sem qualquer negociação com os trabalhadores e o movimento sindical. "Repudiamos a atitude do banco. É fundamental que haja um processo de negociação a respeito do tema, com a apresentação dos custos e justificativas da empresa para o reajuste", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Aposentados – A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, tem recebido reclamações de sindicatos e federações em todo o país em relação ao convênio dos aposentados. Segundo as denúncias, os bancários que se aposentaram após 2010 estariam pagando um valor maior do que aqueles que se aposentaram antes dessa data.
"Não é justo que duas pessoas que se aposentaram na mesma empresa paguem valores diferentes pelo plano de saúde", sustenta Jair Alves, um dos coordenadores da COE Itaú. "Vamos cobrar do banco esclarecimentos e a correção dessa situação", finaliza.
Negociação – Os problemas no convênio médico serão discutidos com o banco em nova rodada de negociação, a ser realizada na próxima segunda-feira (26). Na reunião, a Contraf-CUT, federações e sindicatos darão início ao debate sobre a pauta de reivindicações entregue pelos trabalhadores ao banco no último dia 10 de fevereiro. Na ocasião, as partes definiram que a discussão começará por três temas: Participação Complementar nos Resultados (PCR) e auxílio-educação, além do plano de saúde.