O Itaú teve lucro líquido recorrente de R$ 10,737 bilhões no primeiro semestre de 2016. Isso representou uma queda de 10,2% em relação ao lucro recorrente no mesmo período em 2015, que foi de R$ 11,958 bilhões. Mas essa redução foi consequência do aumento das despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD), que tiveram um crescimento de 21,4% nos primeiros seis meses do ano, passando de R$ 10,973 bilhões em 2015, para R$ 13,316 bilhões em 2016.
Para o movimento sindical, apesar do resultado inferior ao mesmo período de 2015, o Itaú mantém seus lucros nas alturas e tem todas as condições de atender às reivindicações dos bancários, que lançam sua campanha neste mês e entregam a pauta à Fenaban (federação dos bancos) no dia 09 de agosto.
Por outro lado, mesmo com um lucro altíssimo, o Itaú extinguiu 2.995 empregos em doze meses [de junho de 2015 a junho de 2016], contribuindo para agravar a crise no país. Apenas com o que ganha com receitas de tarifas e serviços – que tiveram alta de 8% em relação ao primeiro semestre de 2015 –, a instituição financeira cobre 163% de sua folha de pessoal.
Sobre o atendimento a clientes e usuários, apesar de ser uma concessão pública, o Itaú também está fechando agências em todo o país: hoje possui um total de 3.707 unidades, uma redução de 161 em doze meses.
Outros números
A carteira de crédito com avais e fianças no primeiro semestre de 2016 foi de R$ 573 bilhões, caindo em torno de 6% em relação ao mesmo período de 2015 (R$ 608,3 bilhões). A rentabilidade do Itaú no semestre girou em tono de 20,1%, uma redução de 4,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período em 2015. Os ativos totais, em junho de 2016, registraram um valor de R$ 1,395 trilhão, crescimento de 13,44% em relação ao valor de junho de 2015 (R$ 1,333 trilhão). O índice de inadimplência superior a 90 dias encerrou junho de 2016 em 4,5%, alta de 0,9 p.p. em relação a junho de 2015.