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Itaú Unibanco apresenta esboço do novo plano de saúde

Em reunião, banco também afirma que já está aceitando os pedidos de extensão da licença maternidade.

Nesta terça-feira, 3 de novembro, os bancários do Itaú Unibanco estiveram reunidos com a direção do banco para discutir a unificação do plano de saúde e cobrar, mais uma vez, a igualdade de direitos entre os trabalhadores no processo de fusão. A empresa apresentou um esboço do que será o novo plano, denominado Plano de Saúde Itaú. Entre as principais características do projeto apresentado pelo banco estão: o plano procurará manter a autogestão quando possível, será individual e não mais familiar, com cobertura nacional, possível implantação em 1° de março de 2010 e período de adesão de 30 de novembro a 29 de janeiro.

Diante das regras estabelecidas pelo Itaú Unibanco, os representantes dos trabalhadores questionaram sobre a participação dos aposentados nas discussões e a redução no direito por morte por acidente, além de pedir pela continuidade da vinculação do plano odontológico (com a opção de três operadoras para que o associado escolha) e propor a redução do teto da co-participação. “Embora as regras tenham sido criadas pelo banco, o movimento sindical tem conseguido espaço para dialogar e expor as necessidades dos trabalhadores”, acrescenta Márcio Kieller, dirigente que representou o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região na reunião. “Embora esse esboço não seja de um plano ideal, a intervenção qualificada dos trabalhadores já conseguiu garantir melhorias, como a continuação do comitê de acompanhamento, a CAPS, e a não co-participação em casos de doenças crônicas e diversos exames”, completa.

A proposta final do novo plano de saúde deve ser elaborada conjuntamente e depois apreciada pelos trabalhadores em assembleias para a construção de um acordo coletivo sobre o tema. Uma nova reunião entre os representantes do Itaú Unibanco e dos bancários já está agendada para o dia 16 de novembro.

Outros pontos – Com relação à isonomia, diante da pressão dos trabalhadores, a empresa anunciou a equiparação salarial (o que representa um reajuste de 6,15% salário inicial dos escriturários do Unibanco e 6,21% no piso dos caixas). Além disso, o Itaú Unibanco também se pronunciou sobre a isenção das tarifas, que será estendida aos bancários originários do Unibanco. No caso dos juros do cheque especial, será adotada a taxa praticada hoje no Itaú, a mais baixa entre as duas. Já as taxas de crédito imobiliário seguirão os valores vigentes no Unibanco, também os mais baixos.

Aproveitando a oportunidade, os trabalhadores cobraram explicações sobre as declarações do presidente da empresa, Roberto Setúbal, de que seriam contratados entre 13 mil e 14 mil novos funcionários. Diante do balanço trimestral, que anunciou um lucro de R$ 6,853 bilhões (15,5% maior em relação ao ano passado) e a redução de 6.062 postos de trabalho desde o início da fusão, o banco se limitou a descartar a existência de qualquer processo de demissão em massa e de fechamento de agências.

Licença-maternidade – Após a artimanha utilizada pela Fenaban, vinculando a extensão da licença-maternidade à adesão ao Programa Empresa Cidadã do Governo Federal, a Contraf-CUT enviou uma carta aos representantes dos bancos privados cobrando que a medida fosse posta em prática. Na reunião desta terça-feira, o Itaú Unibanco informou ao movimento sindical que já está aceitando os pedidos de prorrogação do benefício. De acordo com a lei, para ter direito aos seis meses de licença, as trabalhadoras devem fazer a solicitação no primeiro mês após o nascimento do bebê.

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