Projeção do Itaú Unibanco é embasada na expectativa de cortes na taxa básica de juros até o final de 2012, com influências também do campo fiscal, com o aumento do salário mínimo e os investimentos em infraestrutura.
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Itaú Unibanco projeta expansão de 3,5% em 2012
Apesar da influência externa negativa, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país deve acelerar no próximo ano para 3,5%, ante 3% em 2011, segundo a equipe econômica do Itaú Unibanco. A projeção contempla ritmo de expansão mais forte especialmente no segundo semestre, quando os efeitos do afrouxamento da política monetária pelo Banco Central (BC) devem ser mais intensos
O crescimento mais forte, segundo o Itaú Unibanco, deve ser alcançado por meio de cortes da taxa básica de juros para 9% ao ano ao final de 2012 – um ciclo mais forte do que o antecipado pela média do mercado, que prevê Selic de 10% ao ano para o mesmo período. Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, a desaceleração da economia nos dois últimos trimestres de 2011 deve levar o BC a fazer uma leitura mais pessimista da conjuntura. "O BC vai acreditar que vai precisar estimular [a economia] um pouco mais", disse Ilan Goldfajn, economista-chefe do banco, possivelmente até acelerando o ritmo de corte da Selic para 75 pontos-base por reunião.
Outra contribuição deve vir do campo fiscal. O aumento de 14% do salário mínimo e os investimentos em infraestrutura devem acelerar o nível de gastos públicos, fazendo o governo ter superávit menor, de 2,5% do PIB.