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Marcha, doação de sangue e de marmitas integram semana de enfrentamento à violência contra a mulher

Para marcar o Dia Internacional de Combate a Violência Contra as Mulheres, 25 de novembro, coletivos e movimentos sociais realizam diversas atividades ao longo desta semana, em Curitiba. As ações denunciam um problema que se agravou durante a pandemia: o número de casos de violência doméstica cresceu em 20% dos municípios ouvidos pela pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), durante 2020. No Paraná, somente o número de inquéritos de feminicídio cresceu 8% no estado em 2020 – foram 225 ao longo do ano. 

As atividades trazem como lema “Mulheres pela vida, semeando resistências, contra a fome e as violências”. Uma marcha será realizada nesta quinta-feira (25) pelo centro da cidade, entre a Praça Santos Andrade e a Boca Maldita, das 12h às 14h. A intenção será distribuir materiais informativos sobre as formas de violência contra as mulheres e como buscar ajuda.

Cerca de 3 mil marmitas também serão preparadas e doadas a pessoas em situação de rua e famílias moradoras de comunidades em situação de vulnerabilidade, da periferia da capital e região metropolitana. As entregas serão nas praças Rui Barbosa e Tiradentes, na Vila Formosa, em comunidades da CIC, Parolin, na Vila Joanita (Tarumã), Vila Pantanal (Boqueirão) e na comunidade Nova Esperança, município de Campo Magro. Esta ação simboliza o apoio humanitário a quem tem enfrentado a fome. 

A terceira iniciativa que marca as mobilizações da semana é a doação de sangue. Grupos de homens e mulheres estão se organizando para doações no Hemepar, localizado na Tv. João Prosdócimo, 145 – Alto da XV.

Para encerrar a semana de atividades, um mutirão de plantio, manejo e colheitas será realizado no assentamento Contestado, em agroflorestas comunitárias cultivadas por voluntárias/os do coletivo Marmitas da Terra. Os alimentos compõem os ingredientes utilizados semanalmente na ação Marmitas da Terra, que nesta semana completa 90 mil refeições doadas desde maio de 2020. 

A ação é organizada pelo coletivo Marmitas da Terra, Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Liga Brasileira de Lésbicas, Frente Feminista de Curitiba e RM, Rede Mulheres Negras, APP Sindicato, Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (SindiEdutec), Central Única dos Trabalhadores (CUT), CFC Coletivo Feminista Coritibano, União Brasileira de Mulheres (UBM), FETEC, Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e mandatos das vereadoras Josete e Carol Dartora (PT).  

A advogada Ana Paula Hupp, integrante do Setor de Direitos Humanos do MST e uma das organizadoras da ação, lembra que o Brasil está entre os cinco países mais violentos para as mulheres. “Estamos nos mobilizando para denunciar esta realidade, mas também mostrar que estamos em resistência, e é nessa resistência que temos construído outras relações, outras vivências, outro mundo possível, um mundo em que todas as pessoas possam viver com respeito e dignidade”, afirma. 

Origem da data
O  Dia Internacional de Combate a Violência Contra as Mulheres foi instituido em 1999, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A data homenageia as “Mariposas”, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana, por combaterem a ditadura no país, em 1960. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 70% de todas as mulheres do planeta já sofreram ou sofrerão algum tipo de violência em, pelo menos, um momento de suas vidas — independente de nacionalidade, cultura, religião ou condição social. 

Como procurar ajuda em caso de emergência
Em caso de urgência, ligue 180 ou 190. Em Curitiba, a Casa da Mulher Brasileira é o principal equipamento público que atua com rede de proteção e atendimento humanizado às mulheres que foram vítimas de violência. Está localizada na Av. Paraná, 870, no Cabral.

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Marcha, doação de sangue e de marmitas integram semana de enfrentamento à violência contra a mulher

Para marcar o Dia Internacional de Combate a Violência Contra as Mulheres, 25 de novembro, coletivos e movimentos sociais realizam diversas atividades ao longo desta semana, em Curitiba. As ações denunciam um problema que se agravou durante a pandemia: o número de casos de violência doméstica cresceu em 20% dos municípios ouvidos pela pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), durante 2020. No Paraná, somente o número de inquéritos de feminicídio cresceu 8% no estado em 2020 – foram 225 ao longo do ano. 

As atividades trazem como lema “Mulheres pela vida, semeando resistências, contra a fome e as violências”. Uma marcha será realizada nesta quinta-feira (25) pelo centro da cidade, entre a Praça Santos Andrade e a Boca Maldita, das 12h às 14h. A intenção será distribuir materiais informativos sobre as formas de violência contra as mulheres e como buscar ajuda.

Cerca de 3 mil marmitas também serão preparadas e doadas a pessoas em situação de rua e famílias moradoras de comunidades em situação de vulnerabilidade, da periferia da capital e região metropolitana. As entregas serão nas praças Rui Barbosa e Tiradentes, na Vila Formosa, em comunidades da CIC, Parolin, na Vila Joanita (Tarumã), Vila Pantanal (Boqueirão) e na comunidade Nova Esperança, município de Campo Magro. Esta ação simboliza o apoio humanitário a quem tem enfrentado a fome. 

A terceira iniciativa que marca as mobilizações da semana é a doação de sangue. Grupos de homens e mulheres estão se organizando para doações no Hemepar, localizado na Tv. João Prosdócimo, 145 – Alto da XV.

Para encerrar a semana de atividades, um mutirão de plantio, manejo e colheitas será realizado no assentamento Contestado, em agroflorestas comunitárias cultivadas por voluntárias/os do coletivo Marmitas da Terra. Os alimentos compõem os ingredientes utilizados semanalmente na ação Marmitas da Terra, que nesta semana completa 90 mil refeições doadas desde maio de 2020. 

A ação é organizada pelo coletivo Marmitas da Terra, Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Liga Brasileira de Lésbicas, Frente Feminista de Curitiba e RM, Rede Mulheres Negras, APP Sindicato, Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (SindiEdutec), Central Única dos Trabalhadores (CUT), CFC Coletivo Feminista Coritibano, União Brasileira de Mulheres (UBM), FETEC, Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e mandatos das vereadoras Josete e Carol Dartora (PT).  

A advogada Ana Paula Hupp, integrante do Setor de Direitos Humanos do MST e uma das organizadoras da ação, lembra que o Brasil está entre os cinco países mais violentos para as mulheres. “Estamos nos mobilizando para denunciar esta realidade, mas também mostrar que estamos em resistência, e é nessa resistência que temos construído outras relações, outras vivências, outro mundo possível, um mundo em que todas as pessoas possam viver com respeito e dignidade”, afirma. 

Origem da data
O  Dia Internacional de Combate a Violência Contra as Mulheres foi instituido em 1999, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A data homenageia as “Mariposas”, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana, por combaterem a ditadura no país, em 1960. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 70% de todas as mulheres do planeta já sofreram ou sofrerão algum tipo de violência em, pelo menos, um momento de suas vidas — independente de nacionalidade, cultura, religião ou condição social. 

Como procurar ajuda em caso de emergência
Em caso de urgência, ligue 180 ou 190. Em Curitiba, a Casa da Mulher Brasileira é o principal equipamento público que atua com rede de proteção e atendimento humanizado às mulheres que foram vítimas de violência. Está localizada na Av. Paraná, 870, no Cabral.

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