Série de conteúdos produzidos pelo Sindicato denuncia os abusos que estão ocorrendo com os funcionários do Banco do Brasil. Confira!
Diante das muitas denúncias e reclamações, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e região iniciou um trabalho de divulgação e sensibilização dos trabalhadores – e também da sociedade – sobre os principais mecanismos que estão por trás das métricas de metas e avaliação individual estabelecidas pelo Banco do Brasil.
Nas duas primeiras partes da série, foram abordadas as maneiras como as metas geram um péssimo ambiente de trabalho, caracterizado pelo assédio organizacional e pela punição. Agora, vale analisar como elas impactam também na remuneração dos bancários do BB.
✒️ Confira aqui a primeira parte da série.
✒️ Confira aqui a segunda parte da série.
Como as metas privilegiam a remuneração variável a achatam os salários
Além do impacto direto e sensível nas condições de trabalho, as métricas de metas e avaliação individual estabelecidas pelo Banco do Brasil também tem gerado uma redução da remuneração fixa (salário base e benefícios) dos trabalhadores, que vem sendo substituída pela remuneração variável (bonificação por desempenho e produtividade). Isso porque, para que os programas de aferição da produtividade sejam verdadeiramente efetivos – no sentido de pressionar, cada vez mais, os bancários para serem exaustivamente produtivos e acirrar a competitividade –, eles precisam estar atrelados à remuneração variável, que só é alcançada se você cumprir as metas.
Com isso, além da competitividade, o que se observa é um achatamento dos salários nas diversas funções da carreira e um aumento das bonificações sazonais, como acontece no Programa de Desempenho Gratificado (PDG). Um movimento que vem se acentuando com a implantação do Performa, uma reestruturação que cortou salários e achatou os ganhos horizontais sob a justificativa de se igualar aos salários praticados no mercado – ao extinguir o rendimento “avançado”, o que avançou foi a renda variável. Vale destacar, porém, que as bonificações não são para todos os trabalhadores, apenas para parte daqueles que atingem a meta estabelecida.
Como a renda variável impacta a PLR
É importante refletir também sobre os avanços dos programas próprios de remuneração variável e seus impactos na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Se, por um lado, a PLR também é uma forma de remuneração variável, por outro, a negociação realizada com os representantes dos trabalhadores garante que ela seja uma bonificação paga para todos, sem exceção, e também que seja um percentual sobre o resultado do trabalho coletivo. Esses critérios tornam a PLR um pouco mais horizontal, apesar da verticalidade dos salários.
Já as bonificações por desempenho e produtividade nunca são pagas para todos, mesmo que todos cumpram a meta estabelecida. Além disso, elas retiram parte do resultado do trabalho coletivo para bonificar apenas uma parcela dos funcionários, o que acaba diminuindo o montante do resultado sobre o qual a PLR será paga.
Envie seu relato ao Sindicato
Se você é bancária ou bancário do BB e tem informações ou um relato pessoal sobre os mecanismos perversos por trás das metas, envie para o Sindicato através dos canais de Comunicação disponíveis. A entidade também está reunindo provas da exposição do rankeamento realizada pelo banco e que descumpre a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
> E-mail: sindicato@bancariosdecuritiba.org.br
> WhatsApp: (41) 9 9989-8018
> Telefone: (41) 3015-0523
Manifeste-se nas redes sociais
Se você está insatisfeito e também quer se manifestar nas redes sociais, use a hashtag #NossaMetaÉRespeito. O Sindicato sugere que sejam publicados conteúdos propositivos, que contribuam para o debate e a construção de condições de trabalho mais respeitosas e saudáveis no BB.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região
