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Mulheres lutam por um mundo melhor

Neste ano, comemoramos 100 anos da instituição do Dia Internacional da Mulher. Para nós, que somos ativistas do feminismo, este dia se reveste de grande importância, pois marca um momento de reflexão sobre a caminhada feminista pela história. É hora de relembrar e homenagear aquelas mulheres que dedicaram suas vidas as grandes causas de igualdade de gênero e justiça social.

Entre tantas anônimas que lutaram e lutam, estão aquelas que se sobressaem e emprestam seus nomes às causas que defendem, como é o caso de Maria da Penha, cujo nome foi dado à lei que prevê a punição dos agressores que vitimam suas mulheres.

Nesta sábado, dia 06 de março, em Curitiba, o movimento de mulheres terá mais uma perda a lamentar, a advogada Katia Regina Leite, que foi brutalmente assassinada no último dia 25 e que em sua profissão havia abraçado a defesa da mulher contra a violência doméstica.

Ainda encontramos grandes barreiras para conquistar o espaço que poderia nos igualar aos homens em termos de remuneração salarial, ocupação de cargos e evolução profissional. Mas, o que é mais gritante é a ausência da mulher nos cargos públicos eletivos. Mesmo cumprindo a lei das cotas, ainda não temos o apoio suficiente para chegar lá. Ainda temos de nos desdobrar para participar da vida política, fazendo das ‘tripas coração’ para dar conta da dupla jornada, enfrentar os preconceitos sociais e a resistência familiar. Não raro as mulheres desistem da vida política, pois essa opção teria como contrapartida uma vida de sacrifícios.

Dentre as mulheres que batalharam por maior participação na vida política, podemos destacar centenas, mas vou mencionar três que marcaram a minha vida: Luci Choinacki, Luiza Erundina e Martha Suplicy. Todas extremamente atuantes na esfera nacional, quebrando tabus e preconceitos e inserindo em nossa legislação leis que fazem a diferença, como a lei das cotas de gênero e a previdência social para as trabalhadoras rurais.

Neste ano, mais uma vez, as mulheres sairão às ruas balançando suas bandeiras, pedindo voto e, quem sabe, poderão chegar lá. Será a vez de Dilma romper com a centenária barreira de acesso ao poder político central? Vai ela representar o novo só pelo fato de ser mulher, ou sua presença no poder trará consigo todas as esperanças sonhadas por cada companheira que ficou pelo caminho?

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