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NEGOCIAÇÃO ENVOLVE 250 SINDICATOS

8/6/2004 – Gazeta Mercantil

Melhorar a relação com os sindicatos dos bancários é um dos objetivos a que Fernando Tadeu Perez se dedica com afinco.

Não é uma tarefa simples uma vez que a legislação atual estabelece um sindicato por categoria e por município.

“Isso faz com que nos relacionemos com mais de 250 sindicatos. E temos cerca de 800 empregados que são diretores de sindicato. Metade trabalha, metade tem tempo livre total e exerce apenas funções sindicais.”

Diretor da comissão de RH da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), ele acha que é necessário modernizar as relações com os sindicatos.

A Confederação Nacional dos Bancários, ligada à Central Única dos Trabalhadores (CNB/CUT), e os demais sindicatos de São Paulo são extremamente fortes e têm uma política de cobrança bastante rígida em relação aos bancos, diz o executivo.

Ele criou uma área de relações do trabalho, com status de diretoria, e vários comitês de discussão.

A conquista mais recente, que demorou um ano para ser finalizada, foi a definição de um plano de saúde de abrangência nacional.

“Como o banco cresceu muito, inclusive com a incorporação de outros bancos, a assistência médica era uma colcha de retalhos. Tínhamos mais de 70 prestadoras de serviços. Convidamos os sindicatos para definir o novo plano e hoje, do contínuo ao presidente, qualquer internação é feita em apartamento e não mais em enfermaria.”

Favorável à flexibilização das atuais leis trabalhistas, Perez é um dos quatro diretores que fazem parte do Fórum Nacional do Trabalho.

Mas está decepcionado com a morosidade dos resultados. “Dos 21 grupos temáticos, só três trabalharam até agora. Um que cuida da organização sindical, um que cuida da solução de conflitos e um terceiro que cuida da negociação coletiva. Eu como profissional tenho visão diferente do governo. A grande preocupação do fórum seria criar empregos, criar dispositivos de estímulo à criação de empregos para depois cuidar das relações, da organização e do fortalecimento das estruturas dos sindicatos Nada disso estimula criação de empregos.”

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