17/05/2004
(São Paulo) As negociações em torno do novo plano de saúde do Unibanco encerraram sem que as partes chegassem a um consenso. Na avaliação das entidades sindicais, embora tenham ocorrido avanços em relação à rodada anterior, as mudanças ainda foram insuficientes.
O banco propôs alterar o percentual de descontos sobre a tabela original de agregados de 20% para 25%. A nova tabela também valerá para os aposentados por tempo de serviço. Além disso, haverá redução no percentual máximo da mensalidade, de 2,8% para 2,5%, no Plano Básico e de 4,8% para 4,5%, no Plano Especial.
Deste modo, as mensalidades do plano básico passarão a ser de 0,8% a 2,5%, valor mínimo de 9,00, co-participação de 15% e o teto de desconto no salário (mensalidade e co-participação) de 10%. Para o plano especial, os valores passarão a ser de 1,5% a 4,5%, valor mínimo de 18,00, co-participação de 20% e teto de desconto no salário (mensalidade e co-participação) de 20%. A tabela de agregados pode ser consultada nos comunicados da CNB/CUT.
A proposta foi apresentada pelo Unibanco como definitiva, o que inviabilizou a formalização de um acordo entre as partes. O banco afirmou que as alterações serão implementadas à partir de 01 de junho de 2004.
Para a COE, a proposta final não contempla parcelas significativas dos funcionários, principalmente daqueles que possuem agregados. “Além disso, o comprometimento total dos salários com os planos de saúde ainda continua elevado”, avisa a diretora da FETEC/CUT-SP e representante dos funcionários, Valeska Pincovai.
Não obstante, as entidades sindicais devem levar em conta que os avanços, ainda que limitados, foram construídos por força das mobilizações e negociações. Basta lembrar que antes da instauração do processo, o banco havia comunicado suas propostas para começar a vigorar a partir de dezembro de 2003.
Por outro lado, diante do encerramento das negociações, as Feeb`s e Fetec`s devem avaliar os desdobramentos e propor medidas, inclusive judiciais.
Jornalista: Lucimar Cruz Beraldo – FETEC/CUT-SP