Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Para Itaú, golpe militar de 1964 foi uma “revolução”

No último dia 12, o jornalista Mário Magalhães chamou a atenção, em um texto publicado em seu blog, para o fato da Agenda 2014 distribuída pelo Itaú Unibanco aos seus clientes, registrar, na página do dia 31 de março, o “aniversário da revolução de 1964″. Assim mesmo, com estas palavras: aniversário e revolução. “Como reconhecem as consciências dignas, não houve uma “revolução" meio século atrás, e sim um golpe desferido com as armas da sociedade golpista entre segmentos militares e civis, como os banqueiros (alguns viraram ministros)”, destaca Magalhães.

50 anos depois, agenda do Itaú ainda trata golpe como "revolução de 1964"

O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Márcio Kieller, também lamenta a comemoração promovida pelo Itaú: “É com muita tristeza e com sentimento de repúdio que nós, trabalhadores do Itaú, recebemos na agenda de deste ano, em que se dão vivas ao dia 31 de março, “aniversário da revolução de 1964″. Primeiro, é fundamental destacar que não houve revolução em 1964. Segundo, que o Golpe Militar foi um golpe civil, arquitetado no seio das elites civis, empresárias e militares mais conversadoras do país!”, afirma.

“Apesar da tristeza com que recebemos essa “comemoração” por parte do Itaú, entendemos que não poderia ser diferente, afinal, Olavo Setúbal, patriarca da família Setúbal, grandes acionistas do banco, foi agraciado com o cargo Prefeito biônico, indicado pelo então Governador biônico, Paulo Egydio Martins, que, por sua vez, fora eleito indiretamente e nomeando pelo Presidente militar Ernesto Geisel. Somente aqueles que tombaram nas lutas de combate à ditadura podem dizer o que foi esse processo. E tenho certeza que todos, sem exceção, querem que lembrem os 50 anos desse período de exceção s que se abateu no Brasil.

Mas, como disse, querem que lembremos com tristeza, que lembremos que o que houve no Brasil foi uma cruel e sanguinária ditadura militar. Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!", conclui Márcio Kieller. 

Deixe um comentário

0/100

Sign Up to Our Newsletter

Be the first to know the latest updates

[yikes-mailchimp form="1"]