Jornalista defende que entidades sindicais devem pensar em planos de ação para criação de uma economia solidária, em contraposição ao empreendedorismo individual.
No dia 28 de novembro, o jornalista Luis Nassif esteve no Espaço Cultural e Esportivo do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região para lançar o livro intitulado “A conspiração Lavo Jato: o jogo político que comprometeu o futuro do país”. Nassif aproveitou a oportunidade para dialogar com os dirigentes e delegados sindicais sobre o importante papel dos Sindicatos e a forma de atuação que deveriam seguir na atual conjuntura.
“No Brasil, a disputa entre direita e esquerda se agravou substancialmente nos últimos anos. A, agora, nós temos um risco concreto da extrema direita retornar ao poder. Por outro lado, há uma dificuldade muito grande da esquerda de encontrar uma bandeira que reúna as pessoas”, avalia o jornalista. Segundo ele, a principal bandeira da direita é o empreendedorismo individual, que sempre foi combatido pela solidariedade das forças progressistas de esquerda. Porém, isso não tem se efetivado nos últimos anos.
Para Nassif, é necessário articular modelos de atuação que comprovem que uma economia solidária dá resultado efetivos. “E o Brasil tem ativos fantásticos para fazer isso, que são as organizações de alcance nacional, como o MST, o cooperativismo, o Sistema S, os Sindicatos, Federações e Confederações e até os bancos públicos. São todas estruturas nacionais capazes de, a partir de um trabalho articulado, garantir resultados por meio de arranjos produtivos”, afirma. “Entendo que a única forma de salvar a democracia é aprofundar a democracia!”, acrescenta.
Nesse sentido, o jornalista destaca que os Sindicatos e as Centrais Sindicais são uma das forças nacionais mais relevantes. “E vocês deveriam começar a pensar em planos de ação na direção da criação de uma economia solidária”, aponta aos dirigentes sindicais, apresentando vários exemplos de projetos já realizados nos anos 1990. “Seria a maneira de legitimar o papel dos Sindicatos”, complementa.
“Esse caminho da organização seria a maneira dos Sindicatos, inclusive, passar por esse processo de revisão que vem acontecendo com o emprego formal. Portanto, esse trabalho de se relacionar com a comunidade em cima de bandeiras solidárias e de relações de afetividade seria uma forma vencedora de se articular”, defende Nassif. “Não adianta esperar que venham projetos de cima, mas ter projetos prontos seria uma forma de pressionar os governos a responderem rapidamente”, afirma.
Segundo o jornalista, uma saída seria estruturar formas de competição das pequenas empresas e pequenos empreendedores de forma colaborativa em cima de plataformas. “Se eu tivesse um conselho para dar seria o de investir em estudo, em parceria com a academia, para criar saídas econômicas. Pois a bandeira da solidariedade vai ser vitoriosa, já que a ilusão do empreendedorismo individual é um blefe, que engana por pouco tempo”, explica.
“Temos uma população que é órfão de Estado, de apoio e está disponível. É preciso trazer e dar cidadania a essas pessoas! E o fato do sindicalismo ter toda essa estrutura, de poder juntar as pessoas como estamos fazendo aqui, é um ativo social dos mais relevantes, que deve ter como objetivo ações políticas efetivas ligadas à solidariedade”, conclui.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região