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Por que agora? BB quer que funcionários da Central tenham notebooks em casa

Banco do Brasil negou prioridade de teletrabalho para a CRBB e agora obriga trabalhadores a receberem notebooks. Sindicato avalia legalidade da manobra, considerada prática antissindical durante as negociações da Convenção Coletiva.

O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região está verificando junto à sua assessoria jurídica sobre a manobra do Banco do Brasil, considerada prática antissindical pela entidade, de obrigar funcionários da Central de Relacionamento (CRBB), de São José dos Pinhais, a receberem notebooks do banco para trabalharem em casa.

Ocorre que a disponibilização do equipamento está sendo providenciada durante o processo de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2022, faltando menos de dois meses para o fim da vigência da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e do acordo específico (ACT), num setor que sequer é prioridade do banco para implementação do teletrabalho, após a decretação do fim da emergência sanitária da pandemia de Covid-19 no país.

“Na hora do teletrabalho, a Central não é prioridade, mas na hora de tentar evitar uma possível greve, o que é uma prática antissindical, o banco entrega notebooks tentando forçar os funcionários a furar um eventual movimento de paralisação”, denuncia Alessandro Garcia (Vovô), dirigente do Sindicato.

“Foi durante uma mesa de negociação que o banco falou para o Sindicato que a CRBB não é público prioritário para o teletrabalho, que estava fora, situação que a gente considera absurda, já que eles trabalham com telefonia e atendimento ao cliente. O que estamos vendo é uma possível retaliação”, avalia Vovô.

As precárias condições de trabalho na CRBB são alvo de questionamentos por parte do Sindicato e denúncias públicas, já que o banco submete seus trabalhadores a metas abusivas e assédio moral.

O Sindicato aguarda orientação da assessoria jurídica sobre a legalidade do banco obrigar esses trabalhadores a terem um notebook do banco em casa, mesmo não tendo o regime de teletrabalho no setor, e lembra que qualquer mobilização durante o processo de negociação para renovação da CCT, inclusive paralisação ou greve, é direito garantido em lei, e que esse computador pode não ser ligado pelo bancário que opta por aderir ao movimento.

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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região

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