Empresas ofereceram reajuste com perda de 3,49% para todos os itens econômicos. Categoria quer índice mais alto e acordo para período de dois anos.
Na negociação desta quarta-feira, 31 de agosto, os financiários receberam da Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) uma proposta de 8% de reajuste nos itens econômicos, para o próximo período de um ano. Mas a categoria exige um índice maior, próximo do INPC do período, que é de 11,9%, bem como um acordo que englobe o período 2 anos. O reajuste proposto, que representa apenas 67,2% do INPC e acarretaria uma perda de 3,49% nos ganhos, foi apresentado na segunda rodada de negociações da Campanha Nacional 2022.
O dirigente sindical e coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves, disse que “a proposta está abaixo das expectativas, pois a inflação está bem acima, mas é importante que tenha ocorrido o retorno das empresas financeiras; então, agora vamos debater e voltar à próxima reunião de negociação, que será agendada em breve, com uma contraproposta, pois temos que construir uma convenção que seja ajustada para a categoria dos financiários”.
Jair também observou que “além do reajuste de salário, de vales e da Participação no Lucro e Resultados (PLR), exigimos resposta em relação à nossa pauta global, apresentada à Fenacrefi em 15 de junho”. A pauta de reivindicações dos financiários foi construída coletivamente por meio de consulta e encontros de trabalhadores em todo o país.
A categoria quer a manutenção de todos os direitos previstos na atual Convenção Coletiva de Trabalho, avançar com a regulamentação do teletrabalho e melhorias nas questões de saúde, como aumento do prazo de extensão do plano aos demitidos e cláusulas específicas sobre tratamento da covid e suas sequelas. Os representantes dos financiários também pedem transparência nos dados das empresas, quantas são e qual o número de funcionários, para que as negociações possam ser mais representativas, para atender de fato às necessidades da categoria.
Reivindicações dos financiários
Além da manutenção das cláusulas da atual CCT, a categoria quer:
- Assinatura de uma nova CCT com validade de 2 anos (de 01 de junho de 2022 a 31 de maio de 2024);
- Reposição da inflação (INPC acumulado entre 01/06/2021 até 31/05/2022) sobre os valores da CCT vigente, além de aumento real de 5% para igual período sobre os salários e demais benefícios e sobre os valores para pagamento de PLR, para os exercícios de 2022 e 2023;
- Garantia de períodos maiores na cláusula de “extensão da assistência médica e hospitalar aos empregados despedidos” (cláusula 42 da CCT vigente), contados a partir do último dia de trabalho e de acordo com tempo de casa (até 5 anos – 180 dias; mais de 5 e até 10 anos – 210 dias; mais de 10 até 20 anos – 300 dias; mais de 20 anos – 390 dias);
- Concessão gratuita da vacina contra a gripe e demais epidemias aos empregados e seus dependentes, ou ainda reembolso das despesas com a vacinação necessária nos exercícios de 2022 e 2023;
- Inclusão de cláusula para regulamentar o teletrabalho;
- Inclusão de cláusula para dar acesso aos sindicatos, por meio de seus representantes, aos locais de trabalho e aos empregados, facilitando a realização de reuniões presenciais e virtuais para ações sindicais e campanhas de sindicalização;
- Saúde: cláusulas específicas para o tratamento da Covid-19 e sequelas, além de garantias aos empregados acometidos pela doença.
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Fonte: Contraf-CUT