Diante da intransigência do BNDES, que em nova rodada de negociação na sexta-feira (28) reafirmou a proposta rebaixada apresentada no último dia 13, a Contraf-CUT, os sindicados, as associações e as demais integrantes da comissão de negociação orientam a deflagração de greve nos próximos dias 8 e 9, como forma de arrancar conquistas para os empregados do banco.
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro convocou assembleia, a ser realizada nesta quarta-feira (3), às 14h, onde os funcionários do BNDES discutirão a proposta e a orientação das entidades sindicais e representativas.
Na avaliação do secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, o BNDES não contempla as reivindicações da pauta específica de seus funcionários, não aplica os mesmos percentuais da categoria bancária quanto ao reajuste de 9% no piso com repercussão em todo PCS e ao aumento de 12,6% no tíquete refeição.
"Outro problema é a não renovação da cláusula sobre gratificação salarial, que integra os últimos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) há 18 anos e, o que é pior, a redação apresentada na cláusula 43ª suprime as cláusulas normativas estabelecidas nos ACTs anteriores. Realmente, nestes termos, é para não haver acordo", critica Miguel.
Durante os debates ocorridos na última negociação, o banco se comprometeu a estudar uma nova formulação para a cláusula 43ª, mas frustrou os bancários mais uma vez ao demonstrar desrespeito às reivindicações dos funcionários.
"É importante lembrar que o desgaste da atual diretoria do BNDES vem se acumulando há tempos por uma série de problemas que não têm sido encaminhados, como o grupamento C, Anistiados, Fapes, descumprimento de acordo sobre a implantação da GEP Carreira, etc. A proposta apresentada agora soa como provocação diante de tantos problemas", conclui Miguel.