– 19/01/2004
(São Paulo) Diminuir a taxa de desemprego e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Esses são os objetivos centrais da campanha pela redução da jornada de trabalho, que a CUT está retomando, juntamente, com as demais bandeiras de 2004.
Pelos cálculos da Central, uma redução de 10% na jornada de trabalho brasileira pode gerar 1,7 milhão de novos empregados, diminuindo sensivelmente o nível alarmante de desemprego no país. “Evidentemente, a redução da jornada por si só não resolverá todo o problema, que exige a retomada do crescimento econômico duradouro, mais investimentos na produção, reforma tributária e outras medidas. Mas, não há dúvidas de que a redução da jornada ajudaria e muito no combate a este mal”, destaca o secretário geral da CUT, João Antonio Felício.
Além da redução da jornada, a CUT elencou como bandeiras para o próximo período as lutas pela mudança do modelo econômico, com vistas ao desenvolvimento com inclusão social, crescimento do nível de emprego e distribuição de renda; reforma agrária; campanhas salariais voltadas para a retomada do poder aquisitivo dos trabalhadores; constituição de frentes de trabalho de emergência com o objetivo de gerar ocupação para, pelo menos, um milhão de trabalhadores; por educação pública, gratuita e de qualidade e universalização do direito à saúde e das demais políticas públicas.
Por outro lado, a CUT continuará se contrapondo a qualquer acordo entre o governo federal e o FMI que impeça o desenvolvimento econômico e social do país, bem como manterá sua posição contrária à adesão do Brasil ao acordo da ALCA, motivo pelo qual participará das iniciativas da sociedade em vista à rejeição do tratado de livre comércio das Américas.
Além disso, a pauta de 2004 inclui intensas articulações em torno da reforma sindical e trabalhista. O objetivo da CUT é atuar de forma que as mudanças que estão por vir garantam um sistema democrático nas relações trabalhistas.
Jornalista: Lucimar Cruz Beraldo – FETEC/CUT-SP