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Reestruturação: Empregados cobram e Caixa reafirma garantia de direitos

Representação dos trabalhadores também cobrou informações que ajudem a sanar dúvidas dos colegas que trabalham nas agências que serão alvo da reestruturação.

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reuniu com o banco, na segunda-feira (1º/7), para sanar dúvidas sobre a reestruturação pela qual o banco vai passar nos próximos dias, com o fechamento de 128 unidades físicas e abertura de 117 agências digitais.

“A Caixa precisa deixar claro que esse movimento e a transferência de pessoal entre unidades é do interesse da administração, não do empregado. Trata-se de uma reestruturação que o banco está fazendo unilateralmente e que os trabalhadores estão sendo transferidos para se adequar ao que a empresa está fazendo”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro, ao cobrar a relação de agências afetadas e o regramento das transferências, deixando claro que estas vão acontecer “por interesse da administração”, não “a pedido” do empregado.

“Além disso, também precisa deixar claro que os empregados lotados nas agências que serão alvo do ‘reposicionamento’ não são obrigados a se cadastrarem no Movimenta.Caixa”, completou o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS), Tesifon Quevedo Neto.

A representação das empregadas e empregados da Caixa, cobrou que o banco compartilhe com o movimento sindical todas as informações que são enviadas aos empregados. “Em decorrência do início do processo que a Caixa está chamando de ‘reposicionamento da rede de varejo’, muitas empregadas e empregados das agências afetadas entraram em contato com os sindicatos de suas bases de representação com uma série de dúvidas sobre as medidas que o banco vai tomar e em que elas podem atingi-los”, disse o representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Rogério Campanate. “Podemos estar do outro lado da mesa de negociações, mas em situações como essas, a gente pode ajudar a sanar dúvidas das colegas e dos colegas que nos procuram”, completou, lembrando que este é um pedido recorrente da CEE para a Caixa.

“Solicitamos que a Caixa traga informações sobre colegas que exercem funções por prazo e minuto, em compromisso com a manutenção da remuneração dos colegas”, disse a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Sá.

Outro questionamento da representação dos empregados foi com relação à prioridade para PcD e responsáveis por PcD no trabalho remoto. “Precisamos saber como isso vai acontecer”, disse a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), Sabrina Muniz.

Para sanar dúvidas

Para ajudar a sanar tais dúvidas, sempre considerando o âmbito de estado, município e agência, a representação das empregadas e empregados solicitou que o banco lhe forneça, como prometido em reunião realizada no dia 25 de junho:

  • a relação de unidades a serem afetadas;
  • os dados da quantidade de pessoal por estado;
  • municípios e agências que serão afetados;
  • quantos vão poder optar pela continuidade do trabalho em agências físicas próximas ao seu local atual de lotação;
  • quantos serão absorvidos pelas unidades digitais.

A Caixa disse que assim que terminasse a reunião, seria enviada a relação das agências à representação dos empregados.

Além disso, a Caixa confirmou, o que já havia afirmado na reunião do dia 25 de junho, que:

  • nenhum empregado afetado pelo “reposicionamento da rede de varejo”, tanto os que permanecerem em agências físicas, quanto os que optarem pelo trabalho em unidades digitais, será descomissionado, nem terá queda de porte de agência;
  • tanto os empregados que optarem pelo trabalho em unidades digitais, quanto aqueles que forem “reforçar” a equipe de atendimento das unidades físicas próximas ao seu local atual de lotação, não terão que realizar grandes deslocamentos seu novo local de trabalho;
  • as empregadas e empregados poderão optar pelo modelo de agência em que preferem trabalhar e que, aqueles que, neste momento optarem pelo modelo digital, poderão retornar às unidades físicas, sem perda de função;
  • que haverá treinamento adequado para quem optar pelo trabalho em unidades digitais.

A Caixa vai passar até o final do dia a lista das agências e as regras para a transferências e os representantes dos trabalhadores poderão fazer nova avaliação de pontos que considerarem críticos, para continuar as tratativas junto à Caixa. Os representantes do banco também disseram que está sendo preparado um “perguntas e respostas” para ajudar a esclarecer os empregados e que deve enviar entre hoje e amanhã uma CE à rede –e à representação dos empregados– confirmando também que NÃO há obrigatoriedade de os empregados das unidades afetadas pela reestruturação fazerem o registro de sua opção no Movimenta.Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

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