Após proposta de retirada de direito, reunião de negociação para a renovação do ACT terminou sem avanços significativos.
No sexto encontro entre as partes, a COE começou cobrando uma resposta global do banco, já que, até o momento, nenhuma resolução concreta foi apresentada. Contudo, a proposta do Santander ficou muito aquém das expectativas e frustrou os trabalhadores.
Entre as decisões que geraram maior indignação está a proposta do banco de compensar o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) com a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Esta medida representaria a retirada de direito. Não podemos aceitar retrocessos. Nós queremos avanços”, afirmou a coordenadora da COE, Wanessa Queiroz.
O banco concedeu a isenção da coparticipação do plano de saúde para os funcionários PCD, com doenças crônicas, degenerativas e AIDS. Porém, se recusou a estender o benefício para filhos dos trabalhadores com os mesmos problemas, com destaque para os neurodivergentes.
Os representantes dos trabalhadores também pressionaram por uma solução para os problemas enfrentados com os planos de saúde em diversos estados do Brasil e pelo fim das terceirizações, além de defenderem que os sindicatos representem todos os trabalhadores do grupo.
A secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, lamentou a postura do Santander nas negociações, que tem gerado insatisfação entre os empregados. “Esperamos que o banco se mostre sensível aos problemas dos seus trabalhadores e atenda às nossas reivindicações. Queremos isonomia de direitos com os trabalhadores do Santander da Espanha, afinal estamos submetidos às mesmas obrigações.”
Fonte: Contraf-CUT