O Banco Santander obteve Lucro Líquido Gerencial de R$ 3,021 bilhões, no primeiro trimestre de 2024. O valor representa crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023 e alta de 37,1% no trimestre anterior. O Lucro líquido Contábil, por sua vez, também teve alta, de 42,3% em doze meses e de 38,6% no trimestre. O retorno sobre o patrimônio do banco (ROAE) ficou em 14,1%, o que representou um acréscimo de 3,5 pontos percentuais (p.p.) em doze meses. Segundo o banco, o resultado “está fundamentado na evolução da margem, evidenciando a nossa retomada do crescimento, aumento da nossa carteira de crédito no varejo e melhora do custo de crédito.” O lucro do período no Brasil representou 19,7% do lucro global do banco, de € 2,852 bilhões, 19,6% em doze meses.
A secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, lembra que, apesar do lucro bilionário, os trabalhadores sofrem com o descaso do banco. “Recebemos muitos relatos de trabalhadores da Bahia e de Brasília sobre a falta de assistência médica e o desinteresse do banco em solucionar o problema. Nos relatam também que muitos trabalhadores estão pedindo demissão pelas péssimas condições de trabalho. O Santander deveria respeitar e valorizar os trabalhadores que fazem o lucro desta empresa.”
A holding Santander encerrou o ano de 2023 com 55.210 empregados, com abertura de 1.654 postos de trabalho em doze meses, contudo, houve fechamento de 400 postos em 2024 em relação ao trimestre anterior. A base de clientes aumentou em 4,0 milhões em relação a março de 2023, totalizando 67,1 milhões. Em relação à estrutura física, foram fechados 374 pontos de atendimento (inclui agências físicas, postos de atendimento bancário e lojas) em doze meses (89 no trimestre).
“Mesmo com esses resultados impressionantes, o banco reduziu postos de trabalho no trimestre, fechou agências, com o novo modelo implementado, batizado de Multicanalidade. É fundamental que o Santander cumpra o seu papel, como concessão pública no Brasil, atendendo todos os segmentos e todos os clientes indistintamente”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Santander.
Fonte: Contraf-CUT