Chega a
tal ponto a cegueira política e ideológica de alguns. O que fizeram e que era
para ser o terceiro ato fascista em frente à sede da Central Única dos
Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) apenas destacou o que somos, e o que
historicamente defendemos. Ao contrário do que pensam, nos
homenagearam!
No
primeiro ato fascista, quebraram as nossas portas de vidro com pedradas e
picharam palavras de ordem em nosso muro. No segundo ato fascista, colocaram
foguetes de grande impacto contra nossas portas! Nesses dois atos, acreditamos
que a resposta adequada foi dada: além de nossa indignação, procuramos a polícia
e denunciamos a depredação do patrimônio público, sim patrimônio público. Porque
a CUT-PR representa mais de 600 mil trabalhadoras e trabalhadores no Estado do
Paraná!
Mas, no
terceiro ato fascista, explicitaram todo seu ódio e intolerância e,
principalmente. ignorância num ato que não nos ofendeu em nenhum momento, porque
as cores com as quais picharam nossa sede são as cores que sempre defendemos. Picharam
a sede da CUT-PR de verde amarelo. Pensaram que nos insultariam com isso! Muito
pelo contrário, só nos homenageiam, porque o verde amarelo é nossa cor, por que a
bandeira do Brasil é nossa, porque a bandeira do combate à corrupção é, foi e
continuará sendo nossa dos trabalhadores!
Basta uma
breve análise nos eventos históricos e veremos quem é quem. Quem defende ou
não o Brasil?Quando do
Estado Novo, que pretendia aliar o Brasil ao Eixo nazi-fascista (Alemanha,
Itália e Japão) quem resistiu fomos nós, as trabalhadoras e trabalhadores, a
juventude e os estudantes; Quando da luta pela abertura política pós-Estado
Novo, quem estava empunhando a bandeira da democracia e da liberdade éramos nós, as trabalhadoras e trabalhadores, a juventude e os estudantes; Quando da defesa
do monopólio do petróleo para os brasileiro e a criação da Petrobrás, éramos nós, as trabalhadoras e trabalhadores, a juventude e os estudantes, que empunhávamos
a bandeira do Brasil.
Quando do golpe civil e militar de 1964, quem eram os que
levantaram a bandeira brasileira e tentaram resistir ao golpe a violência
descabida do aparelho de Estado contra pessoas e entidades? Éramos nós, trabalhadoras e trabalhadores, jovens e estudantes. E fomos nós os maiores
prejudicados, com o Acordo MEC-USAID, com o congelamento dos salários, a
carestia e a inflação. Quando caiu o golpe militar pela resistência da sociedade
civil organizada, quem foram os que empunhavam a bandeira da democracia e da
liberdade? Éramos nós, as trabalhadoras e trabalhadores, os jovens e estudantes,
que restabelecemos nas ruas a democracia e a volta do sistema partidário de
representação. Quando da derrubada do governo entreguista de Collor de Mello, quem foi às ruas fomos nós, as trabalhadores e trabalhadores e os jovens
estudantes, com nossos rostos pintados de verde e amarelo.
Em todos
esses momentos, estávamos nas lutas, com nossas entidades históricas e
representativas como a UNE, a UBES, nossos partidos, como o Partido Comunista do
Brasil (PCdoB), o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e, depois, o Partido dos
Trabalhadores e a CUT, suas federações e seus sindicatos. Ou seja, em todos os
momentos históricos, fomos nós, os trabalhadores, que saímos às ruas
exercer a cidadania contra a tirania, a ditadura, a concentração de renda, o
autoritarismo e na defesa da democracia. Sempre nós, as trabalhadoras,
trabalhadores, os jovens e os estudantes, capitaneados por suas
organizações.
Então, se
eles pensam que nos ofendem ao picharem nossa sede de verde e amarelo, somente
nos engrandecem, nos enobrecem, porque somos nós, trabalhadoras, trabalhadores,
os jovens e os estudantes, que iremos resistir a mais essa tentativa de golpe
institucional dos setores mais reacionários da sociedade; que viu que na
política não conseguem nos vencer, mesmo com todo o seu monopólio de mídia a
serviço do atraso, do retrocesso e do ataque aos direitos dos trabalhadores, através de manobras toscas, atrasadas e antidemocráticas. Somos todos
brasileiros e não aceitamos que se rompam as regras democráticas de
convivência. Estamos, desde 2014, avisando: querem nos tirar do poder? Ganhem as
eleições! Por que ao golpe resistiremos e chamaremos as brasileiras e
brasileiros conscientes a defender à democracia e os direitos do
povo.
O
vermelho é o sangue que corre em nossas veias e o verde e o amarelo são as cores
do nosso país, da nossa bandeira que amamos e defendemos sempre das garras dos
entreguistas e corruptos, daqueles que vendem sua terra por migalhas, daqueles
que acham que nós devemos historicamente depender servilmente dos países mais
desenvolvidos.