Há exatamente um ano, o Brasil e o mundo viam, indignados, estarrecidos e atônitos, uma horda de selvagens tomando Brasília de assalto no dia 08 de janeiro. Tal qual uma boiada enfurecida, os participantes promoveram um quebra-quebra generalizado no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo do ato? A extrema-direita, avessa à democracia, queria ignorar o resultado das urnas, que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e instalar novamente uma ditadura, possivelmente com o candidato derrotado e, agora, inelegível à frente do poder. Cenário digno de uma obra de Dante Alighieri.
Apesar do golpe e da cicatriz deixada na nossa (frágil) democracia, o golpe não funcionou. Horas depois da invasão, a situação acabou sendo contornada. Mais de mil golpistas acabaram presos. O dia, apesar dos pesares, acabou terminando bem. A tentativa de derrubar a ordem vigente, que o perdedor tanto queria, acabou fracassando, tal qual foi o seu “governo”.
Passado todo esse período, ainda exigimos justiça. Não podemos aceitar que extremistas possam ser perdoados, pois isso iria resultar apenas em impunidade. O excesso de tolerância é o caminho ideal para a proliferação da intolerância. Que a lei seja aplicada àqueles que queriam mergulhar o Brasil no caos e desrespeitar a vontade popular. Que sejam julgados por aquilo que são: terroristas do Estado democrático de direito.
Contudo, não basta apenas que a turba que promoveu a selvageria (e que, felizmente, produziram provas contra si) seja punida. É preciso ir atrás do dinheiro. Muitos que não estiveram em Brasília no fatídico 08 de janeiro ajudaram financeiramente a tentativa de golpe. Estes também devem pagar pelo crime.
Do lado de cá, dos que defendem a democracia, queremos apenas que não termine em pizza esse ato. Para evitar passar por novos constrangimentos em um futuro, bradamos:
SEM ANISTIA! CADEIA NOS GOLPISTAS!
Autor: Flávio Augusto Laginski | Fonte: FETEC-CUT-PR