O jornal Valor publicou na edição impressa desta quinta-feira (22) a apuração sobre a reintegração de trabalhadores de bancos privados que foram demitidos durante a pandemia. As liminares foram concedidas em varas da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro e de Niterói a partir de ações individuais com pedido de reintegração. O juízo considerou nas decisões que os bancos assumiram compromisso de não promover demissões na pandemia.
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“O Sindicato de Curitiba observa essa situação vitoriosa com muita cautela, mas considera importante precedente jurídico”, avalia Cristiane Zacarias, diretora da Secretaria Geral do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e Região e funcionária do Bradesco. Na base do Sindicato, somente no mês de outubro já foram registradas 85 solicitações de homologação de rescisão de demissão sem justa causa pelo Bradesco e a estimativa é que os casos passem de 150 neste curto período.
As ações do Sindicato para coibir e reverter as demissões no Bradesco e nos demais bancos privados passam por uma articulação nacional, a partir das ações orientadas pela Contraf-CUT em todo o país, mas também por medidas locais.
O Sindicato tem denunciado as demissões na pandemia, num contexto de manutenção de alta lucratividade dos bancos e nenhuma justificativa para incluir trabalhadores em corte de custos, em diversas frentes: com a publicação de manifestos para pautar a imprensa, realização de atos de rua, inclusive com organização de paralisação de atividades, acolhimento individual para orientação jurídica e de saúde dos demitidos, além de apoio para bancários e bancárias que continuam trabalhando, mas sob a pressão de não saber quem será o próximo.
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Bradesco: um banco sem compromisso com o país
Um evento virtual foi realizado pelo Sindicato na noite de quarta (21), com a presença dos advogados que assessoram a entidade, Nasser Allan e Diego Cáspary, e do diretor técnico do Dieese, o economista Sandro Silva, para atender dúvidas de bancários e esclarecer as medidas que o Sindicato está tomando.
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Essas ações foram necessárias após tentativas de reversão das demissões na mesa de negociação, mas o banco reiteradas vezes nega aos apelos do movimento sindical considerando a difícil conjuntura, que extrapola a pandemia, pois está inserida numa crise econômica e desemprego sem precedentes.
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Sindicato se reúne com o Bradesco nesta quinta (08)
“Nós estamos articulando todas as frentes possíveis para proteção desses trabalhadores. Estamos tratando juridicamente caso a caso e, pelo MPT, tentando uma ação coletiva para barrar a continuidade e reverter as demissões durante a pandemia”, esclarece Antonio Luiz Fermino, presidente do Sindicato.
Se você é bancário ou bancária do Bradesco e precisar de ajuda, procure o Sindicato através de contato com o departamento jurídico da entidade.
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