Banco formaliza ao Sindicato respostas às demandas apresentadas sobre condições de trabalho.
Em mais uma reunião para solucionar demandas de funcionários do Banco do Brasil do Escritório Leve, a Superintendência de Pessoa Física formalizou ao Sindicato medidas que estão sendo encaminhadas e que devem ser solucionadas até o final do ano ou no primeiro trimestre de 2024, conforme especificações abaixo:
Acesso ao ranking individual
O banco informou que até dezembro de 2023 o acesso ao ranking terá restrição total. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, em sua cláusula 39, sobre monitoramento de resultados, estabelece que “os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados”, e o BB não está cumprindo essa cláusula.
Utilização de celulares e notebooks pessoais
Notebooks e celulares institucionais serão entregues entre os meses de dezembro e janeiro, de acordo com a Superintendência, como prioridade. Serão mais quatro celulares por equipe. Sobre o uso de aparelhos pessoais, o BB informa que está alertando sobre os riscos de utilização pois nunca teria orientado o uso pelos funcionários no atendimento aos clientes.
O banco também informou que a implantação do whatsapp web institucional será implantado por licitação somente no 1º trimestre de 2024.
Pop ups de alerta durante atendimento
Para evitar a perda de clientes que entram em contato durante o uso de fones em outros atendimentos pelos funcionários, o BB informou que os notebooks institucionais que serão disponibilizados terão a instalação de pop ups de alerta no projeto Omni, para que os contatos sejam facilmente visualizados durante os atendimentos simultâneos com a espera.
Gravação de ligações
O BB reportou ao Sindicato que os funcionários foram notificados formalmente com um comunicado sobre a gravação das ligações, sob a justificativa de segurança nas vendas de produtos. Em pesquisa sobre condições de trabalho, os funcionários alertaram o Sindicato que não sabiam que estavam sendo gravados pelo banco.
Cobrança das gerências
A Superintendência informou que orientou gerentes para que a forma de cobrança e controle sobre os funcionários visem a melhora do clima entre colegas e das condições de trabalho.
Diferenças nos balizadores de metas
Sobre a reclamação de funcionários de que metas diferentes entre diferentes praças em que a atuação é semelhante, como a diferença de até 50% de meta majorada na praça de Curitiba em relação à carteira de clientes como a de Porto Alegre, por exemplo, o banco ainda não apresentou resposta formal sobre esses dados.
A Superintendência justificou que solicitou ao departamento responsável que avalie a expectativa de metas proporcionais e a reavaliação das metas em caso de divergência. O BB não deu resposta definitiva mas usa como justificativa que Curitiba tem a carteira de clientes de funcionários públicos do Estado do Paraná e ganhou recentemente da Prefeitura da capital, que seriam clientes em potencial após a migração de contas-salário, contudo, as contas não estão gerando negócios para o Banco do Brasil. A reivindicação dos funcionários é que essa meta não seja majorada e diferente de outras praças, para a melhoria das condições de trabalho. O Sindicato continua cobrando do banco uma resposta formal e reavaliação dessa situação.
Avaliação
“O Sindicato continua atento às condições de trabalho inadequadas denunciadas pelos funcionários do Banco do Brasil, para que as situações sejam reavaliadas e o banco se responsabilize pela estrutura do atendimento ao cliente”, reafirma Alessandro Garcia, o Vovô, dirigente do Sindicato que participou das reuniões com a Superintendência.
“O BB também deve estar atento à situação para que potenciais clientes de novas carteiras sejam equivalentes com outras praças, sem ampliar metas de maneira que impossibilitem que condições de trabalho estejam adequadas”, finaliza Ana Busato, dirigente do Sindicato que também acompanha a resolução das situações apresentadas pelos funcionários do banco.
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Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região
