Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Trabalhadores unidos em defesa das estatais e contra a retirada de direitos

Diversas categorias com organização
nacional têm suas campanhas salariais agora no segundo semestre do ano  dentre elas bancários, petroleiros e trabalhadores dos Correios. A Central Única dos Trabalhadores do
Paraná (CUT-PR), preocupada com o atual cenário político e econômico, esta capitaneando
uma iniciativa para que as categorias tenham atividades
conjuntas, denunciando o golpe institucional e parlamentar em curso
no Brasil e, principalmente, seu verdadeiro
objetivo: a retirada de direitos dos trabalhadores e o
desmonte das empresas públicas.

Todas as campanhas salariais do
segundo semestre enfrentarão dificuldades; e somente serão vitoriosas se forem
muito bem organizadas, conseguindo explicar para suas bases o que está em jogo,
além das questões socioeconômicas. Pois o cenário desenhado para
essas três categorias é problemático, sobretudo, devido a um momento
político de ofensiva do capital e dos setores mais reacionários da sociedade.

Os petroleiros, por exemplo, vivem um período de
turbulência, marcado por interesses internacionais sobre a
Petrobras. Todos sabem que a Petrobras não esta quebrada, como quer a mídia
tradicional; é uma das maiores empresas do mundo e também a maior vítima
do mercado financeiro. Está sofrendo com a alta do dólar, pois seus negócios todos são
feitos tendo como referência a moeda americana. Mas, em termos de produção,
nunca o Brasil produziu tanto petróleo, seja nas plataformas maduras (que já existiam e operam há algum tempo), seja no Pré-sal, onde a
retirada já ultrapassa a marca de 1 milhão de barris por dia.

Porém, o discurso que impera é o de que a empresa esta quebrada, que é
preciso privatizar setores da Petrobrás para poder salvá-la. Em função da Operação Lava Jato, a empresa teve que paralisar muitas
das obras que estava desenvolvendo; e essas paralisações já chegam a atingir os
empregos de milhares de trabalhadores. Mas a verdade é totalmente oposta e não recebe 
atenção dos meios de comunicação, que estão a serviço daqueles que querem
desestruturar a economia brasileira em nome do pagamento de juros da dívida
pública e da concentração de renda.

Os trabalhadores no Correios também
estão enfrentando uma campanha salarial com ameaça de privatização e desmonte de uma das mais importantes empresas públicas brasileira.
Além das dificuldades de negociação entre a direção da empresa e a categoria, há ainda questões graves que ameaçam o fundo de pensão das trabalhadoras (Postalis); necessidade de contratação de empregados, o que não acontece pelo fato de
concursos públicos estarem congelados; além dos diversos projetos de lei que
tramitam no Congresso nacional e que podem trazer enormes retrocessos para a categoria.

E os bancários, que construíram uma série de avanços nos últimos períodos  pois, desde 2003, 
registram índices de aumento acima da inflação, com valorização de mais de 20%
de seus salários nesse período –, não passam por situação diferente. O que foi conquistado até aqui é fruto da organização e da unidade; nada veio de jeito fácil e sem lutas. Pois,
mesmo nos governos democráticos e populares, não se tem notícia de que, em algum
ano, os bancários não fizeram greves.

Isso por que no norte da organização
da campanha salarial da categoria bancária são também colocadas questões da economia por exemplo, há
vários anos o movimento sindical bancário propõe a realização de uma Conferência
Nacional do Sistema Financeiro, que discuta um sistema
socialmente responsável e que não tenha como fim o constante enriquecimento dos
poucos banqueiros. Outra questão que sempre esteve no
cenário do movimento sindical e que muito nos preocupa é a
constante ameaça aos bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal) e dos bancos estaduais e regionais que ainda existem.

Por isso, a defesa dos bancos públicos sempre se configurou como
questão muito importante para a categoria, principalmente por sua
função social e seu papel de agência de desenvolvimento nacional e regional, com 
fomento da agricultura e da indústria. Mas não somente do agronegócio e da
grande indústria, também da agricultura familiar e das indústrias de pequeno
e médio porte. Assim, os bancos públicos estariam ajudando a disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, com a aplicação
de taxas de juros e crédito mais acessíveis.

Por tudo isso
é que tomamos a iniciativa de construir, em conjunto com as categorias com campanhas salariais nacionais
desse segundo semestre, a unidade em torno das questões que nos unificam, como a
garantia de nossos direitos historicamente conquistados, a luta por avanços e a
não permissão de retrocessos e retirada de direitos. A principal intenção
campanha unificada é que possamos levar
o debate da defesa das estatais para a toda a população, que é quem de
fato se beneficia de empresas públicas fortes e com papel social importante.

Assim, os trabalhares
da Petrobrás, dos Correios e dos bancos em especial dos bancos públicos têm uma tarefa fundamental em termos de solidariedade e compromisso com o que é
público, para além das questões internas das campanhas salariais, pois,
como se diz na campanha em defesa das empresas públicas: “Se é público, é de
todos!”.

Deixe um comentário

0/100

Sign Up to Our Newsletter

Be the first to know the latest updates

[yikes-mailchimp form="1"]