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Unidade no 20 de novembro mostra força de movimento negro contra Bolsonaro

A possível adesão da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne movimentos sociais, centrais sindicais e partidos, ao grande ato do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, mostra a força do movimento negro nas ações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A decisão pela adesão ao 20 de novembro foi tomada em reunião entre as entidades que compõem a campanha, no dia 18 de outubro, em São Paulo. Dessa forma, fica descartada uma manifestação na rua pelo impeachment de Bolsonaro no dia 15 de novembro. Uma reunião, em ambiente fechado, no dia 15, deve ser a única ação proposta pela frente com representantes das organizações.

Fundador da Coalizão Negra por Direitos e da Uneafro, Douglas Belchior defende a unidade no Dia da Consciência Negra, pois “em todas as dimensões de seu governo, Bolsonaro promove uma desvalorização da vida negra. Somos o alvo constante desse genocida.”

“Fortalecer os atos de 20 de novembro, é fortalecer a campanha pelo ‘Fora, Bolsonaro’ porque é o grande contraponto possível contra Bolsonaro. Se existe um contraponto real e imediato à existência do Bolsonaro, é a existência da vida negra”, argumenta Douglas Belchior.

Para Gilmar Mauro, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) a decisão foi acertada. “É uma data histórica. Anualmente, as mobilizações são intensas. Todo o movimento popular deve se somar ao movimento negro. Eu respeito quem queira fazer no dia 15, não há proibição, quem quiser, faça. Mas eu acho que o movimento popular deve colocar toda força no dia 20.”

A educadora Iêda Leal, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), que está na organização das manifestações do dia 20 de novembro, lembrou que “historicamente o Brasil tem uma dívida muito grande com o povo negro no país. O governo brasileiro deve se ajoelhar e pedir perdão pelo crime cometido contra a população negra nesse país.”

“Acho que nesse país, onde tem pessoas que acreditam que uma sociedade deve ser construída com base na solidariedade, no respeito e na valorização da vida, precisa estar conosco nesse dia para a gente continuar lutando contra o racismo. A palavra de ordem nesse dia será a continuidade no legado de Zumbi e Dandara. Queremos o país unido pelas pautas fundamentais da vida da população negra desse país, que é a grande maioria. É hora de unificar”, encerra Leal.

Escrito por: Igor Carvalho
Edição: Leandro Melito

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Unidade no 20 de novembro mostra força de movimento negro contra Bolsonaro

A possível adesão da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne movimentos sociais, centrais sindicais e partidos, ao grande ato do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, mostra a força do movimento negro nas ações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A decisão pela adesão ao 20 de novembro foi tomada em reunião entre as entidades que compõem a campanha, no dia 18 de outubro, em São Paulo. Dessa forma, fica descartada uma manifestação na rua pelo impeachment de Bolsonaro no dia 15 de novembro. Uma reunião, em ambiente fechado, no dia 15, deve ser a única ação proposta pela frente com representantes das organizações.

Fundador da Coalizão Negra por Direitos e da Uneafro, Douglas Belchior defende a unidade no Dia da Consciência Negra, pois “em todas as dimensões de seu governo, Bolsonaro promove uma desvalorização da vida negra. Somos o alvo constante desse genocida.”

“Fortalecer os atos de 20 de novembro, é fortalecer a campanha pelo ‘Fora, Bolsonaro’ porque é o grande contraponto possível contra Bolsonaro. Se existe um contraponto real e imediato à existência do Bolsonaro, é a existência da vida negra”, argumenta Douglas Belchior.

Para Gilmar Mauro, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) a decisão foi acertada. “É uma data histórica. Anualmente, as mobilizações são intensas. Todo o movimento popular deve se somar ao movimento negro. Eu respeito quem queira fazer no dia 15, não há proibição, quem quiser, faça. Mas eu acho que o movimento popular deve colocar toda força no dia 20.”

A educadora Iêda Leal, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), que está na organização das manifestações do dia 20 de novembro, lembrou que “historicamente o Brasil tem uma dívida muito grande com o povo negro no país. O governo brasileiro deve se ajoelhar e pedir perdão pelo crime cometido contra a população negra nesse país.”

“Acho que nesse país, onde tem pessoas que acreditam que uma sociedade deve ser construída com base na solidariedade, no respeito e na valorização da vida, precisa estar conosco nesse dia para a gente continuar lutando contra o racismo. A palavra de ordem nesse dia será a continuidade no legado de Zumbi e Dandara. Queremos o país unido pelas pautas fundamentais da vida da população negra desse país, que é a grande maioria. É hora de unificar”, encerra Leal.

Escrito por: Igor Carvalho
Edição: Leandro Melito

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