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Vito Gianotti vive em nossa militância cotidiana

Foi o que demonstrou o 21º Curso de Comunicação Anual do
Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), que aconteceu entre os dias 18 a
22 de novembro, no Rio de Janeiro, com uma expressiva bancada de representantes de sindicatos
e federações da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), em especial  dos
bancários, com uma delegação de 10 pessoas. 

Esse ano, em especial, o
curso teve uma carga emocional muito forte, pelo fato de ser o primeiro sem a
presença do jornalista Vito Gianotti, que virou estrela e nos ilumina lá de
cima, na incansável luta pela democratização dos meios de comunicação. Entusiasta da comunicação sindical e
popular, o italiano da Oposição Sindical dos Metalúrgicos, Vito Gianotti, era, é e continua sendo a alma do NPC.

O NPC e Vito Gianotti construíram um séquito de jornalistas e
comunicadores populares e progressistas que gravitam em torno do Núcleo, muito
coeso e muito forte. E que se destaque também muita qualidade, como vimos mais
uma vez na 21ª edição do curso. Com uma vasta programação, o curso é uma experiência de 42 horas-aulas de imersão nas pautas da comunicação popular
e de seus assuntos correlatos nos movimentos de esquerda.

Em todas as falas, a
presente ausência desse pensador da comunicação popular era evidenciada, demonstrando claramente a trajetória de lutas vividas
por esse jornalista Italiano radicado no Brasil e que transformou sua hercúlea
luta em prol da comunicação de massa no Brasil num grande legado deixado para as
esquerdas brasileira e para os jornalistas que nesses 21 anos tiveram contato
com o Núcleo.

Tendo como tema “A Mídia de Esquerda Contra o
Conservadorismo no Brasil”, trafegamos por diversos temas fundamentais para os
sindicatos, para o movimento social e para os partidos de esquerda, desde a
conjuntura política, o papel da TV, passando pela análise do discurso das culturas
de massa e das populações da periferia, até o importante e atual tema da
regulação da 
mídia e da democratização dos meios de comunicação. Foram 12 mesas de debate político, com abordagens locais,
regionais, nacionais e internacionais de combate a esse conservadorismo exposto
no título tema do curso de ano de 2015. 

O curso se consolidou, completou sua maioridade legal, se
propagou e se ramificou para várias esferas da comunicação popular. Mas tendo ainda o foco na comunicação
sindical, na formação de jornalistas progressistas, que encontram ali uma
extensão da graduação, que somente prepara jornalistas para o
mercado, diferente do NPC que prepara jornalistas para uma atuação cidadã, preocupados com a comunicação
responsável, com um viés e um olhar mais humano para os principais temas da
sociedade.

Além do lado teórico, rico em todos os debates que o curso
proporcionou, também tivemos um dos dias dedicados a oficinas, saindo da
discussão teórica e partindo para a prática, em que adquirimos noções de
comunicação virtual de massas, redes sociais, transmissão dos nossos eventos e as formas de transpor o discurso para nossos materiais.

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