Faltando menos de duas semanas para o dia da votação, a Contraf-CUT reforça o alerta sobre a importância das eleições municipais.
No dia 6 de outubro, brasileiras e brasileiros vão às urnas nos 5.569 munícipios de todo o país para eleger prefeitas, ou prefeitos, e vereadoras e vereadores. A menos de duas semanas do pleito, a Contraf-CUT reforça a resolução aprovada pela categoria bancária, em junho, durante sua 26ª Conferência Nacional, que ressalta a importância das eleições municipais para a construção do debate sobre grandes temas nacionais para a conquista de direitos para a classe trabalhadora e a consolidação da democracia no país.
O texto foi construído com base na resposta de 74% dos quase 47 mil bancários e bancárias que participaram da Consulta Nacional à categoria e avaliaram como muito importante a eleição para as câmaras municipais e prefeituras, de candidatas e candidatos comprometidos com as pautas dos trabalhadores. Para outros 18%, é importante a eleição de candidatos com esse perfil. Apenas 4% avaliam como pouco importante e outros 4% que não tem importância.
A resolução, aprovada em junho pela categoria, destaca que “o acirramento nas disputas de projetos políticos para o Brasil tem demonstrado que é fundamental que os trabalhadores avancem e garantam a continuidade e o aprofundamento de políticas que fortaleçam nosso projeto de sociedade democrática, o que implica em desenvolvimento sustentável, com melhor distribuição de renda, inclusão social e geração de empregos de qualidade”.
“O apoio da categoria às candidaturas comprometidas com as pautas da classe trabalhadora é fundamental para que se altere a correlação de forças nas câmaras municipais e nas prefeituras que hoje são ocupadas, em grande parte, por quem atua contra os trabalhadores e contra a democracia”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “Precisamos estar atentos e votar com consciência para tirarmos do poder quem quer manter a concentração de renda e não pensa em políticas sociais para reduzir a desigualdade social. Já passou da hora de pararmos de eleger quem trabalha para deixar o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Nós, trabalhadores, somos maioria! Precisamos eleger quem nos representa!”, completou.
Proximidade com o eleitor
Juvandia também lembra que é na esfera municipal que o eleitor consegue ver com mais clareza a importância da política para seu dia a dia. “O prefeito é o responsável pela Unidade Básica de Saúde e pela creche, é ele quem deve consertar os buracos nas ruas e cortar o mato das calçadas. Mas também é na política municipal que se constrói a base de debate para os grandes temas nacionais”, observou a presidenta da Contraf-CUT. “Por isso, além de elegermos prefeitas e prefeitos comprometidos com nossas pautas, temos que eleger vereadoras e vereadores que fiscalizem a atuação destes prefeitos e estejam em cada bairro, em cada vila, em cada comunidade de nossas cidades, para levar o debate e construir a visão social sobre a cidade, o estado e o país que queremos”, completou.
Veja abaixo seis pontos da resolução aprovada pela categoria bancária que devem ser considerados neste processo eleitoral:
• Mapear e apoiar as candidaturas comprometidas com as pautas da classe trabalhadora será decisivo para que se altere a correlação de forças nas Câmaras Municipais e nas prefeituras, hoje ocupadas, muitas delas, por representantes da extrema direita, antidemocrática e antipovo;
• Ampliar as fronteiras da cidadania com a criação de novos direitos e a democratização dos espaços de decisão e gestão das políticas públicas é uma prioridade a ser encampada por todas e todos os trabalhadores organizados;
• A consolidação da democracia e a participação popular são necessárias para que mudanças estruturais ocorram e a disputa de projetos passa pela eleição de representantes nos parlamentos municipais e na gestão dos municípios brasileiros;
• Defendemos reformas estruturais para a construção de uma sociedade democrática e igualitária, para que a democratização das cidades seja plena;
• É necessário intensificar nossa estratégia organizativa e de lutas, construindo propostas e diretrizes para um projeto nacional de desenvolvimento, consolidadas nas pautas a serem defendidas por aquelas e aqueles que, de fato, nos representam e disputarão as eleições municipais de 2024;
• Uma nova composição das casas legislativas e dos executivos municipais, unificando as forças em prol de um mundo justo e democrático, no qual os trabalhadores e trabalhadoras sejam reconhecidos como classe social digna de direitos e de cidadania é essencial à nossa luta.
Fonte: Contraf-CUT